Leitura

Livro mostra que colaboração não é apenas estratégia corporativa, mas necessidade urgente para empresas

Semadar Marques discute em seu livro que criar uma cultura de colaboração não é apenas desejável, mas essencial para organizações que buscam enfrentar desafios contemporâneos como sustentabilidade, diversidade e inovação.

Evandro Júnior / Na Mira

Capa do livro
Capa do livro (Foto: Divulgação)

A humanidade enfrenta hoje os efeitos de uma crise causada pelo colapso da empatia: polarização, extremismo, desconexão familiar e esgotamento no trabalho. No livro ‘Colaboração: a única solução’, publicado pela editora Alta Books, a administradora e referência em ambientes de colaboração Semadar Marques, apresenta ferramentas práticas para enfrentar esse cenário, promovendo relações mais humanas e ambientes coletivos sustentáveis.

O livro mostra que a colaboração não é apenas uma estratégia corporativa, mas uma necessidade urgente para organizações que desejam inovar e lidar com problemas complexos, das mudanças climáticas às desigualdades sociais, desafios que só podem ser superados pela inteligência coletiva. Ambientes psicologicamente seguros são, segundo ela, o ponto de partida para liberar criatividade, engajar talentos e fortalecer a saúde mental e relacional das equipes.

Na obra, a especialista analisa como comportamentos defensivos, o medo de exposição e a dificuldade de reconhecer fragilidades geram lideranças rígidas, equipes inseguras e culturas que bloqueiam o diálogo e afetam toda a sociedade. Para ela, problemas complexos não podem ser enfrentados com lógicas individualistas ou competitivas, é preciso desenvolver consciência emocional, praticar conversas corajosas e criar espaços onde as pessoas se sintam seguras para contribuir.

Ao fomentar a colaboração, as organizações destravam seu potencial inovador e se alinham ao tripé ESG. Para Semadar, práticas ambientais, sociais e de governança só prosperam quando as equipes atuam de forma integrada e orientada a um propósito comum. Modelos de liderança centrados em controle, afirma ela, enfraquecem o esforço coletivo e desmotivam pessoas, enquanto lideranças que fortalecem a autoestima e o diálogo criam bases sólidas para a criatividade compartilhada.

Ao longo das páginas, a especialista apresenta caminhos práticos para fortalecer a inteligência coletiva, enfatizando a importância de ambientes psicologicamente seguros e empáticos, nos quais vulnerabilidade e confiança deixam de ser vistas como fraqueza e passam a ser alicerces de criatividade e inovação. Semadar relaciona essa perspectiva a temas como saúde emocional, comportamento humano, modernização da gestão pública e privada, e sustentabilidade, argumentando que esses pilares dependem de vínculos saudáveis para prosperar.

reconstruir vínculos exige uma mudança de consciência

Combinando referências científicas, experiências pessoais e metodologias de facilitação, Semadar mostra que questionar paradigmas como escassez, autocobrança excessiva, hierarquias rígidas e consumo emocionalmente compensatório é essencial para frear o adoecimento coletivo. Para a administradora, reconstruir vínculos exige uma mudança de consciência sobre como ressignificar conflitos, revisar vieses inconscientes, conduzir conversas difíceis e tomar decisões em conjunto.

Colaboração: a única solução oferece reflexões valiosas para líderes, educadores, estudantes, gestores públicos e todos que desejam compreender como relações mais empáticas podem transformar organizações e comunidades. Ao integrar desenvolvimento humano, colaboração, ética e impacto social, essa leitura reforça que a cooperação é a única maneira de construir ambientes mais justos, conscientes e capazes de enfrentar os desafios complexos do mundo.

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