Copa 2014

Capitão de 94, Dunga afirma que pressão no tetra foi muito maior

Ex-jogador não acha que atual seleção carrega nas costas a maior pressão.

Gazeta Esportiva

Atualizada em 27/03/2022 às 11h53
 Ao lado de Romário, Dunga comemora o tetera nos Estados Unidos. (Foto: Reprodução)
Ao lado de Romário, Dunga comemora o tetera nos Estados Unidos. (Foto: Reprodução)

MADRI - Tetracampeão com a Seleção Brasileira, Dunga acredita que o Brasil tem grandes chances de chegar à final da Copa do Mundo. Ao contrário da opinião de muitos, o ex-jogador não acha que os atletas carregam nas costas a maior pressão de todos os tempos, já que, segundo ele, em 1994 havia uma seca de títulos mundiais de 24 anos, o que deixou o capitão e o restante do grupo muito mais afoito na briga pela taça.

“Agora não é nada. Eu não vejo pressão sobre eles. Todo mundo está animado, as críticas começaram a surgir depois das dificuldades que tiveram para passar pelo Chile nas oitavas de final, mas muito pouco. Em nossa época era bem pior”, afirmou em entrevista ao jornal espanholMarca.

Otimista, Dunga acredita que a Seleção está contemplada por bons jogadores, o que lhe garante grandes chances de seguir viva na disputa da Copa do Mundo, mesmo com a magia da vitória na Copa das Confederações um pouco distante. Técnico do Brasil na Copa do Mundo de 2010, ele espera não ter que assistir a mais uma dramática eliminação do país no torneio – No Mundial da África do Sul, os seus comandados caíram nas quartas de final, após uma derrota por 2 a 1 frente à Holanda.

“O Brasil está ganhando, chegou às quartas de final e isso é o mais importante. É claro que as apresentações têm sido irregulares, umas melhores do que outras, mas Neymar tem feito gols. Ainda há tempo para evoluir ainda mais e isso é necessário. Foi uma pena o que aconteceu em 2010, nos criticaram muito, mas merecíamos ter passado”, disse.

Questionado sobre a péssima campanha da atual campeã Espanha nesta edição da Copa do Mundo, Dunga não escondeu que ficou muito surpreso, mas reforçou que o legado deixado pela geração comandada por Vicente Del Bosque é imenso. “Chega um momento em que os jogadores querem estar na seleção, mas não querem mais jogar por ela”.

Camisa 10

Ele aproveitou para expor a ideia que tem sobre a relação entre o futebol de Neymar e o futebol praticado pelo Barcelona nos últimos anos. “Acho que as coisas vão se ajustar normalmente. É hora do clube mudar de estilo porque dificilmente vão encontrar outra geração tão genial como essa, que ganhou tudo. Assim, Neymar será beneficiado também. A característica dele é driblar e ir para cima dos adversários, enquanto isso, o Barcelona só quer saber de tocar, tocar e tocar a bola. Assim, Neymar tocando a bola no Barça se torna um jogador comum. Quando joga na Seleção, no entanto, ele tem a liberdade e usa sua criatividade, movendo-se por todo o campo”, finalizou.

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