Bruno Guimarães admite ansiedade por estreia do Brasil na Copa América

LOS ANGELES (ESTADOS UNIDOS) - O volante Bruno Guimarães é incansável. Na última temporada, ele foi um dos destaques da Premier League, o torneio mais competitivo do futebol mundial. O carioca nascido em São Cristóvão entrou em campo em 50 das 51 partidas do Newcastle. Na Premier League, o volante foi o recordista em distância percorrida, correu 423 quilômetros, o equivalente a dez maratonas.

Na Seleção, ele também é incansável. Bruno foi um dos primeiros a se apresentar ao técnico Dorival Júnior em Orlando, ainda em maio, e participou de todas as 15 sessões de treinamento em Orlando e das duas em Los Angeles. Agora, o jogador não esconde a vontade de entrar em campo para disputar a sua primeira Copa América. Na segunda-feira (24), o Brasil estreia contra a Costa Rica, em Inglewood, na região metropolitana de Los Angeles. 

"Todo mundo já está ansioso para chegar logo na estreia. Estamos trabalhando bastante esses últimos dias. Estamos empenhados, felizes de estar representando a Seleção, esperamos dar o nosso melhor e sem dúvida conquistar o título", afirmou o volante de 26 anos.

Em entrevista à CBF TV, ele disse que jogar a Copa América tem um significado especial na sua carreira e relembrou dos tempos de torcedor da Amarelinha.

"Sempre foi uma competição que quis muito jogar. É a minha primeira, apesar de já ter uma bagagenzinha com a Seleção (disputou a última Copa do Mundo), Quero sair 100 %, jogar a primeira, e, se Deus quiser, ganhar", contou.

Bruno Guimarães contou da festa na sua rua quando o Brasil venceu a Copa América 2004, disputada no Peru, quando o time comandado por Carlos Alberto Parreira venceu nos pênaltis dos argentinos após um gol de Adriano nos acréscimos. 

"Tenho muito na memória aquele gol do Adriano no finalzinho contra a Argentina. Essa edição me marcou muito, lembro de estar assistindo ao jogo, de estar acreditando até o final. Estava em casa fazendo churrasco vendo o jogo do Brasil. Lembro quando o Adriano fez o gol, era a cerveja para o alto, uma gritaria, fogos. Então foi uma lembrança que ainda está bem fresca na minha memória", recorda o volante do Newcastle.

Leia outros trechos da entrevista:

Favoritismo

"Acho que o Brasil é sempre favorito. Sabemos que tem outras grandes Seleções, como a Argentina, o Uruguai. A Colômbia vem fazendo um grande trabalho também. Mas o Brasil onde entra tem que entrar para ganhar. A gente tem, do meu ponto de vista, um grande time. Esperamos colocar isso em prática e jogar o nosso melhor. Sabemos da diferença do campo, é um campo menor, é um jogo que vai ser mais brigado. Então temos que igualar na vontade para que o talento possa ser o diferencial"

Preparação em Orlando

"Foi muito produtivo. Vimos muita coisa, testamos muita coisa. Eu curto colher muitas informações. Temos um novo treinador aqui na Seleção, um novo estilo. Deu para trabalhar junto mais tempo, entrosar a equipe, fazendo mais treinos de marcação também, que a gente precisa melhorar. Esse tempo foi muito útil para a gente. A gente quer colocar isso tudo em prática. Acho que vocês vão conseguir ver um Brasil muito aguerrido, com muita vontade de trazer esse título para o nosso país"

Recado aos torcedores

"Acreditem na gente. Estar aqui é um orgulho, é um prazer. Queremos representar a nossa Seleção da melhor maneira, que continuem torcendo, assim quando eu era criança, adolescente, que sempre torci muito para a Seleção. Acreditem na gente. Vamos dar o nosso melhor, sem dúvida. E tentar trazer o título para o nosso país"

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