SÃO PAULO - O diretor de futebol Carlos Belmonte, do São Paulo, entregou o cargo nesta sexta-feira (28), um dia depois da goleada de 6 a 0 sofrida pelo Tricolor diante do Fluminense, no Maracanã, pelo Campeonato Brasileiro. Além de Belmonte, também deixaram suas funções no departamento de futebol Nelson Marques Ferreira e Fernando Bracalle Ambrogi.
Crise política aumenta pressão sobre Casares
A saída de Carlos Belmonte ocorre em meio a um cenário turbulento no São Paulo. Nesta sexta, um grupo de opositores iniciou a coleta de assinaturas para solicitar ao Conselho Deliberativo o impeachment do presidente Julio Casares, sob alegação de gestão temerária.
Logo após a movimentação política, o clube divulgou uma nota oficial confirmando as mudanças:
“São Paulo Futebol Clube informa que Carlos Belmonte Sobrinho, Nelson Marques Ferreira e Fernando Bracalle Ambrogi deixam de ter suas atribuições no departamento de futebol. O executivo Rui Costa e o coordenador Muricy Ramalho seguem no comando do futebol e planejamento para 2026.”
Relação desgastada entre Belmonte e Casares
Segundo informações do GE, a relação entre Carlos Belmonte e Julio Casares já estava desgastada há meses, o que enfraqueceu o diretor politicamente dentro do São Paulo.
- Entre os fatores que agravaram o rompimento interno estão:
- Divergências políticas entre Belmonte e Casares.
- Possibilidade de ambos serem adversários nas próximas eleições do clube.
- Perda gradual de espaço do diretor nas decisões do futebol.
A situação se intensificou em outubro com a chegada do superintendente Marcio Carlomagno ao CT da Barra Funda. O dirigente passou a exercer atribuições que antes eram de Belmonte, o que acentuou a crise interna.
Atribuições repassadas para Carlomagno
Após a derrota por 3 a 0 para o Mirassol, um ato administrativo assinado por Casares determinou que Carlomagno deveria “atuar junto ao departamento de futebol”, com funções como:
- Acompanhar o orçamento do futebol para 2026;
- Participar do planejamento e acompanhamento das metas esportivas;
- Integrar a estrutura estratégica do departamento.
Na prática, o superintendente assumiu responsabilidades centrais que eram de Belmonte, que passou a perder espaço progressivamente.
Goleada acelera decisão
Mesmo enfraquecido, o diretor não demonstrava a aliados intenção de pedir demissão. Entretanto, a goleada por 6 a 0 no Maracanã — uma das maiores derrotas da história recente do clube — foi o ponto de ruptura e acelerou sua saída.
Com o vazio deixado pela debandada, a gestão do futebol passa a ser concentrada em Rui Costa e Muricy Ramalho, responsáveis pelo planejamento da temporada 2026.
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