Preparação

Copa vira aprendizado para 2018 "que está logo ali"

Oscar é uma esperança de evolução para o time ser hexa na Rússia

Gazeta Esportiva

Atualizada em 27/03/2022 às 11h52
Copa vira aprendizado para 2018 que está logo ali. (Djalma Vassão/Gazeta Press)

BRASÍLIA - A Seleção Brasileira começou a atual Copa do Mundo com a obrigação de conquistá-la, nas palavras do técnico Luiz Felipe Scolari, e com uma mão na taça, segundo o coordenador técnico Carlos Alberto Parreira. Após a eliminação na semifinal e com dez gols sofridos nos dois últimos jogos, amargando o quarto lugar, a campanha não virou nada mais do que um aprendizado para daqui quatro anos.

“O futuro está aí, próximo, e agora já precisamos pensar em melhorar porque quatro anos passam muito rápido. Temos que tirar muito aprendizado para 2018, que está logo ali, e que consigamos o tão sonhado hexa”, disse Júlio César, veterano que esteve em seu terceiro Mundial e viu, em meio às suas frustrações em Copas, a Alemanha crescer a ponto de estar no Brasil como finalista e até favorita na decisão deste domingo.

“Todos queríamos esse título, com certeza, mas vamos pegar o exemplo da Alemanha: essa safra esteve em outros Mundiais, não conseguiram e chegaram muito amadurecidos para a Copa deste ano. Temos que levar esta Copa como um ensinamento forte para botar em prática nos próximos anos. As Eliminatórias servem para formar um grupo rapidamente”, falou o goleiro.

Sem a necessidade de disputar as Eliminatórias desde 2009 por ter sido anfitrião neste ano, oBrasil ainda passou por uma renovação tão grande que só seis dos 23 convocados por Felipão já tinham disputado um Mundial. Números que passaram a ser justificativa para o vexatório final de campanha dos donos da casa.

“Um grupo que foi formado em um ano e meio conquistou a Copa das Confederações com um belíssimo futebol contra a Espanha, que ainda é a atual campeã do mundo, e chegou à semifinal de uma Copa do Mundo no Brasil mesmo tendo 17 jogadores jovens que nunca tinham disputado um Mundial. É bom lembrar que a Seleção não chegava à semifinal há duas edições. Isso serve como preparação para 2018”, insistiu Júlio César.

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O aprendizado, curiosamente, é se inspirar nos algozes. Além da Alemanha, semifinalista em todas as Copas dos últimos 12 anos, o Brasil também foi derrotado pela Holanda, que, embora também tenha vindo ao País com muitas novidades, foi vice-campeã mundial em 2010.

“Infelizmente, não fomos bem como na Copa das Confederações e no ano e meio com o Felipão, mas faz parte, é o futebol. Não podemos deixar de olhar que as seleções de quem perdemos são grandes seleções e jogam juntas há mais de cinco anos, estavam muito bem postadas em campo e mereceram”, apontou Fred.

Entre os que acumularam experiência, Willian é uma das esperanças para o futuro, e vê ganhos, inclusive, pelas frustrações em casa. “Aprendi muitas coisas, principalmente nas derrotas para Alemanha e Holanda. Saímos mais experientes e aprendendo mais coisas pelo que vimos na Copa. Quero levar isso para o futuro para continuar no caminho em busca de 2018. Cada jogador vai trabalhar em seus clubes para estar na Copa na Rússia”, disse o meia do Chelsea.

Pensando assim, e ainda sem a definição de um treinador, a Seleção tentará se reerguer com bons resultados nas Eliminatórias e na Copa América, torneios que certamente disputará antes de retomar na Rússia o sonho do hexacampeonato. “Parece que 2018 está longe, mas daqui a pouco já começa a caminhada”, alertou Thiago Silva.

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