IMPERATRIZ – Parte da torcida organizada do Imperatriz, por meio da União dos Torcedores do Cavalo de Aço (UTCA), criou um grupo denominado ‘Resgatar-Aço’, para cobrar das autoridades um Conselho Fiscal, além de lutar por medidas que ajudem o Imperatriz a sair da crise financeira que enfrenta.
De acordo com representantes do movimento, no ano de 2000, a antiga SAI (Sociedade Atlética Imperatriz) acumulou tantas dívidas nas mãos de dirigentes, que foi obrigada a fechar suas portas. No mesmo ano, algumas personalidades da crônica esportiva resolveram aproveitar o potencial deixado pelo extinto time e criar a SID (Sociedade Imperatriz de Desporto), o que foi viabilizado graças à força dos símbolos (até hoje nunca patenteados) - nome fantasia (Imperatriz), mascote (Cavalo de Aço), emblema e as cores - da SAI, frente à uma legião de apaixonados.
Os torcedores do movimento alegam que o Imperatriz tornou-se um “clube” de aluguel, leiloado a cada temporada e que, ano após ano, só acumula mais e mais dívidas, em vez de títulos e glórias.
A UTCA solicita a apresentação do estatuto, da ata de fundação, da lista completa dos conselheiros do time e de todas as dívidas trabalhistas; divulgação da folha salarial individualizada do time, o afastamento imediato de todo e qualquer diretor que, por falta de credibilidade, tenha se transformado em obstáculo para patrocínios ou qualquer outro tipo de apoio ao time.
Entre as reivindicações dos torcedores estão a criação do Sócio-Torcedor e do Conselho Fiscal; assembleia de sócios-torcedores para a eleição de nomes, com direito a voto; ampliação do número de conselheiros, viabilizada através de cota de participação financeira; fim do atrelamento da receita do time aos recursos públicos; prestações de contas completas e periódicas, respeito ao torcedor, único patrimônio do time e razão da sua existência e resistência.
O movimento cobra, ainda, aos órgãos competentes, uma mobilização para a construção do centro de treinamento do time e para a quitação das dívidas já existentes; pagamento de jogadores e todos os demais trabalhadores em dia; pagamento de todas as taxas legais devidas, inclusive, à ACLEM (Associação dos Cronistas e Locutores Esportivos do Maranhão); fim da dependência política e transparência total e irrestrita.
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