ATENAS - A estreante Iziane Marques apareceu terça-feira na zona internacional da Vila Olímpica - espaço em que os atletas têm correio, Internet e lojinhas - carregando uma câmara de vídeo no pescoço.
“Desde Creta (onde o basquete disputou uma competição preparatória) estou filmando tudo e agora já comecei a fazer o diário dos jogos”, afirma a lateral, uma maranhense de 22 anos, que nem passou pelas categorias menores, mas já chegou à Seleção Brasileira de basquete para ser titular.
Iziane, que divide o quarto com a pivô Kelly, está tentando não se deslumbrar, mas já filmou toda a Vila e sempre que tiver tempo pretende registrar tudo.
“Olha o Gustavo, o Xuxa”, comenta, sobre os nadadores, sorridente. Mas um ídolo em especial? “A mais importante não está mais aqui”, responde, referindo-se à Hortência, de quem é fã. Lamenta nunca ter podido jogar ao lado da rainha do basquete feminino brasileiro.
Na única folga que as meninas do basquete tiveram, desde o dia 29, Iziane e suas companheiras foram visitar a Acrópole, principal sítio arqueológico da capital grega. De tererê no cabelo, feito por Silvinha, Iziane disse que não se sente nervosa quanto ao torneio olímpico.
“As jogadoras mais experientes tranqüilizam as mais novas, tratam de nos encaixar no grupo. É como se todas estivéssemos 20 anos juntas. Não tem porque ficar nervosa com tanta experiência do meu lado, mas minha expectativa está concentrada no dia em que a bola subir. Aí a Olimpíada começa para mim.”
Luva - Iziane “se encaixou como uma luva no time”, na definição do técnico Antônio Carlos Barbosa por ter a velocidade que o grupo precisava. “Sei lá, acho que é natural. Recebo o passe, após o rebote, e estou logo lá na frente”, comenta. Na mala que levará para o ginásio no dia da estréia não vai nada de diferente, mas tem a mania de jogar maquiada - “eu inclusive retoco a maquiagem no intervalo”.
Iziane explica que tem de se preparar para jogar, como se fosse a um show. “Uso rímel, lápis, sombra combinando com o macaquinho azul ou verde, lápis de boca e batom.” E até se inspirou diante da Acrópole, fazendo a citação de uma passagem bíblica, mas adaptada por ela. “O que edificares em pedra... ninguém derrubará.”
Silvinha, que é prima de Nesinho, também jogador de basquete, disse que o passeio serviu “para tirar a tensão da chegada”.
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