ATENAS - Previsivelmente, o Brasil ficou longe da medalha na final individual geral da ginástica artística dos Jogos de Atenas. Mas conseguiu superar a melhor colocação nacional na história das Olimpíadas, o 20º lugar de Daniele Hypólito em Sydney-2000. Dessa vez, Daniele terminou na 12ª posição, com 36.961 pontos. E Camila Comin, estreante em final olímpica, também fez bonito, obtendo o 16º posto, com 36.074.
A campeã foi a americana Carly Patterson, atingindo 38.387 pontos. A russa Svetlana Khorkina levou a prata, somando 38.211, e o bronze ficou para Nan Zhang, da China, com 38.049. Mas as brasileiras também comemoraram como se tivessem subido ao pódio.
- Essa colocação para mim foi como uma medalha de ouro. O resultado foi excelente - disse Daniele Hypólito, já pensando nas próximas competições internacionais.
- Temos que trabalhar muito ainda para disputar medalhas no futuro - completou a Pequena Notável, que ano passado obteve a 24ª posição no individual geral do Campeonato Mundial, nos Estados Unidos.
Camila Comin, por sua vez, creditou o resultado ao trabalho do técnico ucraniano Oleg Ostapenko e sua equipe, responsáveis pelo treinamento da seleção brasileira de ginástica artística.
- Ser a 16ª melhor do mundo em uma Olimpíada para mim é como ganhar uma medalha. É um resultado para ser comemorado bastante. Nossa evolução se deu à base de muito trabalho e esforço. Sem a presença do Oleg Ostapenko e da Irina Ilyashenko não chegaríamos aqui. Vou continuar treinando forte, pois até o final do ano ainda teremos uma etapa da Copa do Mundo. Minha meta agora é me preparar bem para o Pan 2007 - disse Camila Comina, que melhorou em relação ao Mundial de 2003, quando ficou em 19º.
A melhor nota de Daniele Hypólito foi no último aparelho em que se apresentou, as barras assimétricas, ganhando 9.562. A brasileira começou com 9.337 na trave, depois ganhou 9.237 no solo e 8.825 no salto sobre o cavalo. Camila Comin teve o seu melhor resultado também nas barras assimétricas, 9.437, sua terceira apresentação. Ela abriu a disputa ganhando 8.925 no solo, conseguiu 9.187 no salto sobre o cavalo e encerrou a participação somando 8.525 na trave.
Segunda-feira, serão disputadas as finais por aparelho. Daiane dos Santos, única brasileira na competição, é uma das favoritas à medalha de ouro. A ginasta gaúcha tem treinado nos últimos dias o duplo twist esticado, movimento de alto grau de dificuldade que é um dos seus trunfos na prova.
Na competição classificatória, Daiane não executou o salto mas pode apresentá-lo na final como arma surpresa na luta contra a romena Catalina Ponor, sua principal rival. A brasileira evita fazer previsões sobre o resultado mas está confiante.
- Estou treinando muito e espero fazer uma grande apresentação - disse ela.
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