SÃO PAULO - O skatista brasileiro Bob Burnquist, um dos melhores do esporte no mundo, está em Atenas para acompanhar os Jogos de 2004. Empolgado com o espírito olímpico, ele está disposto a fazer campanha para que o skate faça parte do programa da Olimpíada de 2008, em Pequim, na China.
"O problema é que o esporte não tem uma uniformidade, uma instituição que o represente junto ao COI (Comitê Olímpico Internacional)", disse o skatista, que recebeu o prêmio Laureus - o Oscar do esporte - em 2002.
Burnquist, porém, acredita que a presença do skate na Olimpíada pode manter a tradição de os Jogos apresentarem surpresas ao público. "Nem sempre o melhor vence no skate. Já consegui vitórias sem ser o melhor. Tudo depende das manobras que o skatista faz", disse.
Especialista em fazer manobras com a base do skate invertida, posição em que os outros concorrentes têm dificuldade em andar, Burnquist chegou a Atenas há dois dias, a convite de um patrocinador. Desde então, tem acompanhado o desempenho dos atletas brasileiros e americanos.
No sábado, o skatista assistiu à derrota da seleção americana de basquete para a Lituânia, a segunda dos Estados Unidos na competição. "É bom que isso tenha acontecido, pois quebra o monopólio do esporte".
Burnquist também acompanhou o desempenho da equipe de ginástica brasileira, que colocou duas atletas nas finais - Danielle Hipólito e Camila Comin. "O skate tem muito a ver com a ginástica. O skatista precisa fazer exercícios na cama elástica e treinar acrobacias", comparou.
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