SÃO PAULO - Michael Schumacher deixou as pistas da F-1, mas a Alemanha segue como o país melhor representado na categoria. Pelo menos numericamente. São quatro os compatriotas do heptacampeão inscritos como titulares para o GP da Austrália, que abre a temporada 2007 --Itália e Inglaterra têm três.
O mais experiente e famoso dos germânicos deste ano dá a exata medida da influência de Michael para o esporte em seu país. Trata-se de Ralf Schumacher, o irmão mais novo, que teve ajuda substancial para começar, crescer na carreira e chegar à F-1. O responsável por representar o nome mais vitorioso na história da categoria corre pela Toyota.
Dentre os outros três alemães da lista, apenas um tem chances de brigar eventualmente por vitórias. É Nick Heidfeld, da BMW, que foi levado ao Mundial, no início da década, graças a um acordo com a Mercedes nas categorias de base --prática bem sucedida também com Michael.
Nico Rosberg, 21, e Adrian Sutil, 24, são os dois jovens que completam o time do país entre os pilotos titulares. O primeiro é filho do campeão de 1982, Keke. Mas, ao ser questionado sobre seu maior ídolo na F-1, o piloto da Williams cita sempre Schumacher --sequer tinha nascido quando o pai levou o Mundial.
Sutil, que estréia neste ano, pela Spyker, só pensava em música até os 14 anos --o pai, Jorge, foi violinista da orquestra filarmônica de Munique e incentivava o filho no piano. Mas, movido pela euforia alemã sobre Michael, resolveu trocar os acordes pelo acelerador. Foi campeão da F-Ford, em 2002, e levou a F-3 japonesa no ano passado.
Saindo do grupo de titulares, a Alemanha tem a maior promessa do país desde o próprio Schumacher: trata-se de Sebastian Vettel, 19, piloto de testes da BMW. Fenômeno nas categorias de base, o jovem foi descoberto pelo mesmo "olheiro" que encontrou Michael, no início dos anos 80, Gerhard Noack.
Portas abertas
O atual panorama alemão na F-1 em nada lembra o de 1991, ano em que Michael Schumacher estreou na categoria. Na época, a categoria procurava em vão um representante do país, mas tudo o que via eram promessas sendo testadas e reprovadas.
Em equipes nanicas, pilotos de talento em outras categorias acabaram tendo péssimos dias no Mundial. Foi o caso, por exemplo, de Bernd Schneider, hoje ídolo das corridas de carros-turismo no país.
O último alemão a encantar a F-1 até então fora Stefan Bellof. Piloto veloz e arrojado, acabou com a carreira prematuramente encerrada após um acidente em 1985, na pista belga de Spa-Francorchamps --coincidentemente, a mesma em que Schumacher estreou na F-1.
Com a chegada de Michael e seu título em 1994 --o primeiro do país na história-- a procura por seus compatriotas voltou a crescer.
Hoje, a Alemanha ocupa a segunda colocação no ranking de vitórias da categoria, com 103 --91 delas de Schumacher. Até a chegada de Michael, eram apenas três. O Brasil, com seus três campeões e oito títulos mundiais, soma 90 triunfos.
Informações da Folha Online
Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais X, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.