Acorde e Recorde

Acorde e Recorde: Dicas de lançamento, especiais da semana e muito mais

O programa de 20 de outubro separou indicações de obras que celebram a Música Popular Brasileira, as dicas de lançamento e muito mais

Glaydson Botelho

O Acorde e Recorde desta segunda-feira, 20, reuniu os melhores lançamentos nacionais da semana, celebrou o Dia da Música Popular Brasileira dedicando dois blocos para especiais da semana com indicações de séries e documentários sobre grandes personalidades da MPB e ainda fez o giro musical.

Especiais da semana:

Na sexta-feira, 17 de outubro, foi Dia da Música Popular Brasileira, e o Acorde e Recorde separou uma lista especial de filmes e documentários, e onde assisti-los, para entrar no clima. Os longas celebram a trajetória da MPB e contribuem para a preservação da memória musical do país.

Veja lista:

Cazuza: O Tempo Não Para (2004)

Com direção de Sandra Werneck e Walter Carvalho, o longa acompanha a trajetória do líder do Barão Vermelho, Cazuza, desde o anonimato até o estrelato, sua carreira solo e a luta contra a AIDS. Estrelado por Daniel de Oliveira, o elenco conta ainda com nomes de peso como Marieta Severo e Andréia Beltrão. Produção brasileira de grande impacto, o filme foi um dos primeiros biográficos de sucesso deste século, conquistando público e crítica.

Disponível na Globoplay

Elis (2016)

Documentário
Documentário "Elis" de 2016 acompanha a caminhada da cantora até se tornar uma grande voz do MPB

Dirigido por Hugo Prata, o filme retrata a vida da cantora Elis Regina, acompanhando sua caminhada até se tornar uma das maiores vozes da música popular brasileira. Estrelado por Andréa Horta, o elenco conta também com nomes como Caco Ciocler e Andréa Beltrão. Produção brasileira aclamada, “Elis” conquistou importantes prêmios, incluindo o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro de 2017 nas categorias de Melhor Filme, Melhor Direção e Melhor Atriz, além do prêmio de Melhor Atriz para Andréa Horta no Festival do Rio de 2016.

Disponível na Globoplay

Cartola – Música para os Olhos (2007)

Dirigido por Lírio Ferreira e Hilton Lacerda, o documentário 'Cartola – Música para os Olhos' mergulha na vida e obra de um dos maiores nomes da MPB. A produção resgata a trajetória do poeta e compositor, por meio de depoimentos, imagens de arquivo e reconstituições. Aclamado pela crítica, o filme recebeu o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro de 2008 nas categorias de Melhor Documentário e Melhor Direção de Fotografia. Cartola – Música para os Olhos é uma celebração sensível da alma do samba, que colabora com a preservação da memória da música popular brasileira.

Disponível na Globoplay

Tim Maia (2014)

Dirigido por Mauro Lima, Tim Maia (2014) acompanha e homenageia a trajetória do 'síndico' desde sua infância no Rio de Janeiro até se tornar um dos nomes mais relevantes da música brasileira. Baseado na biografia escrita por Nelson Motta, o filme retrata os altos e baixos da carreira de Tim, suas passagens pelos Estados Unidos, as canções em inglês, o sucesso explosivo nos anos 1970, sua relação com as drogas e sua personalidade intensa. Com Babu Santana no papel principal, o longa foi elogiado pela crítica e pelo público, conquistando o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro de 2015 nas categorias Melhor Ator, Melhor Ator Coadjuvante, além de prêmios de Direção de Arte, Figurino e Som.

Tropicália (2012)

Dirigido por Marcelo Machado, Tropicália (2012) é um documentário que revisita o movimento cultural e musical que revolucionou a arte brasileira no final dos anos 1960. Com de imagens de arquivo, músicas emblemáticas e depoimentos de nomes como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa e Tom Zé, o filme reconstrói o clima político, artístico e social da época, marcado por ousadia estética e resistência à ditadura militar. Aclamado internacionalmente, o documentário foi exibido no Festival de Cannes, e venceu o prêmio de Melhor Documentário Nacional no Festival do Rio 2012.

Disponível no Youtube

Dicas de lançamento:

Música apresentada por Gilberto Gil em álbum de 1969, Cérebro eletrônico foi pouquíssimo regravada no decorrer dos 56 anos da vida da composição. Marisa Monte abordou a música no álbum e DVD Barulhinho bom (2006) e surpreendeu o público mineiro que assistiu à estreia nacional do show Phonica – Marisa Monte & Orquestra ao vivo na noite de ontem, 18 de outubro, ao incluir Cérebro eletrônico entre as 27 músicas do roteiro do espetáculo sinfônico. A estreia do concerto Phonica aconteceu no Parque Ecológico da Pampulha, em Belo Horizonte (MG).

Detalhe: o nome de Gilberto Gil figura duplamente no roteiro, já que a artista também cantou Panis et circenses (1968), parceria tropicalista do compositor com Caetano Veloso, sob a batuta do maestro André Bachur, regente da orquestra que divide o palco com a cantora no show Phonica.

Todas as 27 músicas do roteiro já foram abordadas por Marisa Monte em algum momento dos 40 anos de carreira da artista.

Fora do predominante trilho autoral, o roteiro trouxe as duas músicas de Gil, três composições de Carlinhos Brown lançadas por Marisa, duas de Nando Reis também lançadas pela cantora, o choro-canção Carinhoso (Pixinguinha, 1917, com letra posterior de Braguinha, 1937) e o samba-enredo Lenda das sereias – Rainha do mar (Vicente Mattos, Dinoel Sampaio e Arlindo Velloso, 1975), joia do Carnaval carioca de 1976.


 

Primeira e única parceria de Djavan com Ronaldo Bastos, poeta e letrista associado ao Clube da Esquina, a canção O vento enfim fará parte da discografia do cantor e compositor.

Lançada há 38 anos na voz de Gal Costa (1945 – 2022), em gravação feita pela cantora para o controvertido álbum Lua de mel como o diabo gosta (1987), O vento é uma das 12 músicas do 26º álbum gravado por Djavan para o mercado brasileiro, Improviso, previsto para ser lançado em 13 de novembro.

Para Djavan, cantar O vento é uma forma de celebrar a memória e o legado de Gal, cantora que deu voz a 13 músicas do compositor entre 1981 – ano em que Gal gravou AçaíFaltando um pedaço no álbum Fantasia – e 2018, ano em que a cantora apresentou o samba Dentro da lei no álbum A pele do futuro.


Giro musical:

Roberto Carlos e Gilberto Gil se reencontram na turnê
Roberto Carlos e Gilberto Gil se reencontram na turnê "Tempo Rei" em São Paulo.

Carregou muito simbolismo o reencontro de Gilberto Gil com Roberto Carlos na noite de ontem, 18 de outubro, no derradeiro show da turnê Tempo rei na cidade de São Paulo (SP). Juntos no palco do estádio Allianz Parque, Gil e Roberto – dois reis da música brasileira – representaram a nobreza de dois universos distintos da MPB que ali estavam cúmplices, harmonizados, em paz.

Roberto Carlos se projetou há 60 anos como o ídolo maior da Jovem Guarda, movimento pop de 1965 que entronizou a guitarra na música brasileira. Para agradar Elis Regina (1945 – 1982), Gilberto Gil chegou a participar de (hoje risível) passeata contra a guitarra elétrica em julho de 1967. Mas Gil, que começou a organizar o movimento tropicalista com Caetano Veloso naquele mesmo ano de 1967, sempre foi a favor da eletricidade na música brasileira. A música de Gil é livre, desconhece fronteiras, vai do baião ao rock, passando pelo reggae e por vários outros gêneros. Gil sempre incorporou a Jovem Guarda de Roberto no mosaico de múltiplas referências que moldam a música plural (e tão singular) do compositor baiano.

Nunca houve guerra entre um e outro. Nem quando Gil ofereceu a canção Se eu quiser falar com Deus a Roberto em 1980 e o cantor a recusou, supostamente incomodado com verso da letra. Ainda assim, foi emblemático ver as duas realezas comungando juntas no canto de A paz (1987), a parceria de Gil com João Donato (1934 – 2023) apresentada na voz de Zizi Possi há quase 40 anos.

O programa de hoje exalta a música brasileira desde seu retrato em obras audiovisuais até turnês, regravações e reencontros que mantém o legado vivo.

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