Análise: Palmeiras faz história, e Navarro tem atuação dos sonhos em meio a pedidos por um 9

A torcida do Palmeiras estava emburrada até o início do jogo contra o Independiente Petrolero, pois a janela de transferências havia fechado há poucas horas e o sonhado centroavante não chegou. Mas ao fim da noite de terça, o mesmo palmeirense viu uma atuação histórica, com a goleada por 8 a 1 sobre o time boliviano, liderada pelo centroavante (!) Rafael Navarro.

O resultado no Allianz Parque fez o Verdão bater uma longa lista de recordes. Escalado com reservas e sem Abel Ferreira, suspenso, o atual bicampeão da Libertadores começou o jogo levando um susto: após o pivô do ex-palmeirense Cristaldo, José Correa abriu o placar de maneira surpreendente.

Sem Raphael Veiga, poupado, e Gustavo Scarpa fora por um trauma na coxa, o Verdão jogou em um 4-2-4, com Gabriel Veron por dentro, aproximando-se de Zé Rafael e Atuesta para criar jogadas. Wesley e Breno Lopes eram os pontas, com Navarro como referência.

Com esta formatação, o Verdão teve 70% de posse, mas encontrava dificuldade para ter chances claras diante de uma linha de cinco defensores até então bem postada do Independiente Petrolero. A partir do momento em que Veron trocou de função com Breno e passou para a ponta direita, o Verdão tornou-se mais perigoso e foi para o intervalo com o empate, após gol de Zé Rafael.

A avalanche viria no segundo tempo. Sem mudanças na equipe, o Verdão começou a ver o show de Navarro logo no primeiro minuto, quando ele virou de cabeça. Depois foram mais três gols do camisa 29 em sequência, até que ele ainda deu uma assistência para Rony fazer o sexto. Raphael Veiga, que entrou no segundo tempo assim como o camisa 10, fez mais dois no fim.

Contra um adversário fraco, o Palmeiras fez o que precisa: tomou conta do jogo e dominou durante todo o tempo, mesmo saindo atrás no placar. No fim, foram 67% de posse de bola e 26 finalizações, contra apenas uma do Independiente Petrolero.

É óbvio que a atuação de Navarro foi praticamente perfeita apenas com os números: quatro gols e um passe para outro. Mas mesmo antes disso ele já era o melhor no quarteto de atacantes.

 

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