Dona Onete: homenageada em Ocupação do Itaú Cultural em SP
Considerada a Rainha do Carimbó Chamegado, a cantora paraense rasgou elogios a São Luís ao lembrar do show no Festival Zabumbada, no ano passado. Disse ela que "cantou, dançou e dançaram com ela".
Nesta quarta-feira, dia 15 de março, o Itaú Cultural abre a primeira mostra da série Ocupação em 2023, inteiramente dedicada à cantora paraense Dona Onete, de 83 anos, que tem uma trajetória longa ligada à cultura, que vai além de ser a RAINHA DO CARIMBÓ CHAMEGADO. Ela participa da abertura da exposição e faz shows no Itaú Cultural, seguida da também paraense AÍLA.
Ao trocar ideia com o jornalista PEDRO SOBRINHO, no PLUGADO, na MIRANTE FM, nesta noite de terça-feira (14/3), DONA ONETE falou da sua trajetória artística que teve início aos 60 anos, e quando tinha 73 anos gravou o seu primeiro disco FEITIÇO CABOCLO, além de destacar a OCUPAÇÃO que homenageia a artista, além da produção musical do PARÁ. Ela também lembrou do show dela no FESTIVAL ZABUMBADA, realizado em julho do ano passado.
- Quero agradecer muito a São Luís, que estive lá no Zabumbada. Cantei, dancei, dançaram comigo. Sai da cidade feliz. Obrigado por tudo, aquele carinho. São Luís me recebeu de braços abertos. E assim espero receber São Luís em Belém do Pará. Beijos e obrigado São Luís do Maranhão - elogia.
Homenagem Ocupação
Com mais de 120 peças, a OCUPAÇÃO DONA ONETE revela toda a trajetória da cantora e mostra muito além do que se conhece a respeito de sua música. Antes de se tornar a célebre RAINHA DO CARIMBÓ CHAMEGADO, ela foi a professora IONETE DA SILVEIRA GAMA, seu nome de batismo, NATURAL DA ILHA DO MARAJÓ, NO PARÁ, adepta dos métodos de PAULO FREIRE e incansável lutadora por melhorias no ensino, na alfabetização e na vida dos professores, em tempos de ditadura. Também deixou sua marca na gestão cultural pública e foi responsável por impulsionar grupos da cultura popular paraense.
A cultura do Pará também está muito presente nesta exposição: no som ambiente, nas fotos e em todos os eixos, já que ela é vista como uma representante da vida, encantarias, sincretismo e costumes paraenses como se ouve em suas canções. Além do espaço expositivo, a publicação produzida para esta mostra traz receitas de comida paraense que ela faz, os caminhos dos afetos dela em Belém, entre outros.
Além dos shows, mais para o final de março, será exibido o doc Terruá Pará, da paraense Jorane Castro, sobre o desenvolvimento da música local, de suas origens até hoje. Dona Onete, claro, está neste filme, que inaugura a programação Encontros de Cinema, que acontecerá presencialmente todo mês no Itaú Cultural.
Todo o material de divulgação está aqui: https://www.itaucultural.org.br/presskit/ocupacao-dona-onete/index.html
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