ATUALIDADES

Uso de telas na infância

Especialistas falaram sobre o assunto nesta quinta-feira (29) no programa Atualidades

Mirante News FM

Thaís Rejane e Isabela Barros, convidados da edição desta quinta-feira (29) do programa Atualidades
Thaís Rejane e Isabela Barros, convidados da edição desta quinta-feira (29) do programa Atualidades (Armando Mendes/Mirante News FM)

SÃO LUÍS - Nesta quinta-feira (29), a pedagoga e especialista em alfabetização e letramento Thaís Rejane e a psicóloga e especialista em psicoterapia infantojuvenil foram as entrevistadas da Rádio Mirante News FM no programa Atualidades. Durante a entrevista, eles falaram sobre o uso de telas na infância.

Estar em frente às telas por tempo prolongado – tempo maior que o recomendado pela OMS – pode atrapalhar o desenvolvimento das habilidades sociais e de linguagem da criança. 

Quando a criança fica exposta ao uso das telas por muito tempo, ela perde a oportunidade de exercer habilidades importantes, como, por exemplo, manter contato com objetos físicos e a natureza.

A criança que tem à sua disposição uma TV ou um celular, por exemplo, pode querer trocar o tempo de sono para ficar assistindo ou jogando. 

A luz emitida pelas telas dos dispositivos bloqueia a liberação da melatonina – sendo o hormônio responsável por avisar ao corpo que está na hora de dormir.

Isso afeta diretamente nosso relógio biológico e a percepção do cérebro do que é noite ou dia, prejudicando na qualidade do sono, uma vez que você não recebe todo o descanso de que precisa.

“A criança é um ser social. Então, ela precisa de contato, de convívio e os professores trabalham isso muito bem. Então, ela está ali inserida na escola, em um contexto, com outras pessoas, tanto da faixa etária dela quanto de outras faixas etárias, aí ela sente falta disso. A partir do momento em que ela está só em casa, somente com a tela, no período ócio, ela acaba sentindo falta dessa socialização. A tela, naquele momento, a gente até pensa assim: a criança gosta muito do celular, do vídeo, mas chega um momento onde esse super estímulo de tela, esse tanto de informação que ela vai recebendo, vai deixando ela, até mesmo, estressada”, destacou Thaís Rejane.

“Isso está começando muito cedo. Então, a gente contempla ali a primeira infância dos 0 aos 6 anos, a gente vê que crianças de 0 anos já estão tendo contatos com telas, celulares, em redes sociais, como Instagram, Tik Tok e entre outras redes, o mais cedo possível. E o impacto disso a gente vê ao longo prazo, tanto no desenvolvimento de linguagem, habilidades sociais, habilidades motoras, que é pegar num lápis, saber manusear uma massinha, saber fazer atividade que depois evoluem para as atividades de autonomia, como utilizar talheres, escovar os próprios dentes. Então, todos esses pré-requisitos eles acabam tendo um prejuízo, porque a gente coloca um estímulo muito passivo”, afirmou Isabela Barros.

Assista à entrevista na íntegra.

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