SÃO LUÍS - A capital maranhense vive um novo momento no setor imobiliário. Com obras de grande porte e novos empreendimentos em expansão, o mercado da construção civil vem se consolidando como um dos principais motores do desenvolvimento urbano da Grande Ilha. Em entrevista ao Ponto Final, na Mirante News FM, o presidente da Associação dos Dirigentes das Empresas do Mercado Imobiliário do Maranhão (ADEMI-MA), Gustavo Palácio, destacou o papel do setor e os desafios que acompanham o avanço das cidades.
“O mercado imobiliário do Maranhão não está mais amador. Hoje em dia ele está muito desenvolvido, são cada vez projetos mais elaborados, mais técnicos, mais sustentáveis”, afirmou o presidente da ADEMI.
Palácio também explicou que o consumidor maranhense se tornou mais exigente, exigindo empreendimentos completos e modernos. “Antigamente, a gente entregava um prédio sem nada, só o prédio. Hoje em dia, se a gente não fizer um empreendimento que tenha paisagismo, design de interiores, mobiliado, decorado e todo ambientado, a gente tem muita dificuldade de vender”, observou.
Lei de zoneamento e parceria público-privada
Durante a entrevista, Gustavo Palácio falou sobre as novas legislações urbanísticas e o papel das parcerias entre o setor privado e o poder público. Segundo ele, o novo zoneamento urbano de São Luís e municípios da região metropolitana pode transformar o perfil da cidade nos próximos anos.
“A de Ribamar já saiu, está uma lei bem moderna, contemporânea. O reflexo de uma lei dessa vai ser a longo prazo. Lá a gente não fala mais em gabarito de pavimentos, mas em altura. Vamos ter prédios altos de 25, 30 andares, dependendo da localização”, explicou.
Sobre São Luís, o presidente da ADEMI afirmou que a entidade tem dialogado com a Prefeitura para contribuir com o processo. “A gente já passou nosso pleito para a prefeitura", afirmou.
Geração de empregos e novo perfil de consumo
O presidente da ADEMI ressaltou ainda a importância do setor na geração de empregos diretos e indiretos. “Cada canteiro de obra, no mínimo, são 100 empregos diretos. Se for pensar em empregos indiretos, a cadeia produtiva toda, é muita gente vivendo da construção civil”, pontuou.
Ao falar sobre o novo perfil dos consumidores, Palácio destacou que todas as faixas de renda estão mais exigentes.
“A gente não dá mais para pensar em entregar um empreendimento, mesmo que seja do Minha Casa Minha Vida, mesmo que seja um prédio mais caro aqui da ilha, sem a gente estar pensando em todos esses detalhes. Hoje, os projetos que você vê, a gente tem empreendimentos com 300 unidades Minha Casa Minha Vida, que é um resumo urbano. Tem tudo lá dentro. Tem piscina, tem academia, ou seja, está mais confortável os empreendimentos”, disse.
O dirigente também comentou o crescimento de novas regiões, como o Araçagi, e o boom imobiliário em Barreirinhas, Atins e Tutóia, impulsionado pelo turismo nos Lençóis Maranhenses.
“Os lençóis têm tido um boom, realmente e não só mais Barreirinhas. É Atins, é Santo Amaro. O pessoal já está indo para Tutóia. E lá está desenvolvendo bem. São projetos que, eu ouso te falar, são bem audaciosos. São projetos bonitos, bem pensados”, destacou.
Assista.
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