SÃO LUÍS - Nesta sexta-feira (17), o meteorologista da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), Gunter Reschke, e o superintendente da Defesa Civil de São Luís, Alexsandro Nogueira, foram os entrevistados da Mirante News FM no programa Atualidades. Durante a entrevista, eles falaram sobre as chuvas intensas que aconteceram recentemente em São Luís, além de destacar como ocorrem esses alagamentos devido ao grande volume de água.
“Lá na nossa estação da Uema [Universidade Estadual do Maranhão], que é um ponto também de referência, choveu aí mais 190 milímetros, já praticamente tudo o que era esperado, que a média climatológica, segundo o IMET, Instituto Nacional de Meteorologia, com base em 30 anos de dados, é de 235 milímetros, então a gente teve algum ponto, né, Alexsandro [Nogueira], de algumas estações aqui que já marcaram volumes superiores a esse índice de 235 milímetros, e a nossa já está próxima disso, a faixa, na verdade, se a gente for pegar todos esses quatro, cinco dias de chuva, a gente já tem aí 200, ou seja, praticamente mais de 80% do que é esperado por mês todo, assim como tem algumas estações que eu acredito que já tem até superada a média histórica, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia, que fica ali no Itapiracó, a estação do Itapiracó”, destacou Gunter Reschke.
“Essa questão da meteorologia é de suma importância para as defesas civis poderem trabalhar e se prepararem para essas previsões. A gente sempre está acompanhando, às vezes a gente pede lá para o Gunter [Reschke], para o próprio Allan [Cerqueira], que trabalha também com o Gunter, para que possam estar nos passando essas previsões, até para que a gente possa fazer algum planejamento com relação a algumas áreas. Como nós já mapeamos as áreas aqui em São Luís, essas áreas de alagamento já são previamente mapeadas, a gente já tem até, por experiência, a gente já sabe a partir de quantos milímetros cada área pode sofrer algum tipo de impacto. E as primeiras chuvas, geralmente, elas causam mais alagamentos, até por conta do período seco, muito acúmulo de lixo, que é uma coisa importante que a gente tem que falar. Às vezes a população, hoje creio eu que a coleta de lixo está em dia, está ok, mas mesmo assim tem um acúmulo de lixo muito grande em galerias, em córregos, bueiros e aí as primeiras chuvas vão trazendo toda essa questão do lixo, causam entupimentos e aí os alagamentos com o volume de chuva, que foi um volume de chuva, como o próprio Gunter já falou, muito acima do esperado para o mês de janeiro, e aí encontra todo esse cenário e causa alagamentos, como causou alagamentos em vários pontos”, afirmou Alexsandro Nogueira.
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Nos últimos dias, temos sido testemunhas de chuvas intensas, que afetam diretamente a vida da população, destroem infraestrutura e geram grandes desafios para as autoridades e para a sociedade. A cada temporada de chuvas fortes, vemos o aumento de deslizamentos e alagamentos, que atingem tanto áreas urbanas quanto rurais, causando perdas irreparáveis e expondo a vulnerabilidade de muitas regiões.
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