BARREIRINHAS - O Festival Lençóis Instrumental é um evento que celebra os 15 anos de Lençóis Jazz & Blues, festival cheio de boas atrações musicais e com entrada gratuita. O evento ocorre nesta sexta-feira (9) e no sábado (10), em Barreirinhas, e contará com oficinas, apresentações de DJs, shows com artistas nacionais e locais.
A abertura do festival ocorreu em São Luís, no dia 1º de agosto, no Teatro Arthur Azevedo. Na ocasião, foi realizado o lançamento do livro/álbum "O Legado dos Lençóis Jazz & Blues Festival, apenas para convidados.
Nesta edição, o Lençóis Instrumental reunirá atrações nacionais e locais nas edições em São Luís e Barreirinhas. No line-up, nomes como o de Hercules Gomes, Hamilton de Holanda, Renato Borghetti, Ana Cañas, Zeca Baleiro, Rodrigo Suricato, Seu Raimundinho, Ruy Mário, Andrezinho, Jefferson e Taryn Spilmann, entre outros.
Veja a programação completa do circuito Barreirinhas:
Dia 9 de Agosto de 2024
19h DJ Pedro Sobtinho
20h Sued Richarllys quarteto
21h Ana Cañas Canta Belchior
22h - Jefferson Gonçalves, Taryn Szpilman e Bitencourt Duo
Palco Coreto da Praça da Matriz
23h - Diego Reis
Dia 10 de Agosto de 2024
19h Dj Jorge Choairy
20h - "Encontro Sanfonado" Seu Raimundinho, Rui Mário e Andrezinho
21h - Zeca Baleiro e Banda
Palco Coreto da Praça da Matriz
23h00 - Ellas do Forró
Saiba mais sobre as atrações:
Sued Richarllys
A edição do Lençóis Instrumental 2024 será aberta no dia 9 de agosto, às 20h, em Barreirinhas, com o show do maranhense Sued Richarllys. Natural de São Luís, o guitarrista, violonista e arranjador acompanhou artistas nacionais, entre os quais, Kid Vinil, Davi Sacer.
Atualmente, ele desenvolve em São Luís trabalhos em estúdios como arranjador, produtor, professor de Música. Sued também acompanha e tem parcerias musicais artistas maranhenses como Josias Sobrinho, Djalma chaves, Carlinhos Veloz, Celso Reis, Fátima Passarinho, Rose Maranhão, Luiz Guerreiro, Smith, Tutuca, Erasmo Dibel, Gerude, Sérgio Habibe, Grupo Lamparina, entre outros. É Bacharel em Serviço Social, tem formação técnica em música pela Escola de Música do Estado do Maranhão Lilah lisboa e Formação técnica em Enfermagem.
Sued Richarllys irá apresentar o seu show "Thank God", conceituado por ele como um encontro de belas canções instrumentais, além de autorais, mas também valorizando o que há de potente na musicalidade regional maranhense.
Ana Cañas
Emoção, visceralidade, entrega e paixão são algumas palavras usadas pelo público para descrever o show Ana Cañas Canta Belchior. A coleção de sucessos do projeto começou em sua primeira apresentação: uma live, em plena pandemia, assistida por mais de 600 mil pessoas virtualmente. Devido à imensa repercussão e pedidos acalorados do público, o que era para ser uma apresentação única se transformou no show que já passou por mais de 150 palcos pelo Brasil e recebeu o prêmio de “Show do Ano” pela APCA - Associação Paulista dos Críticos de Arte.
Em 2024, a trajetória do projeto se encaminha para o seu final com apresentações especiais em casas icônicas das principais cidades do Brasil. “Essa turnê me emocionou tanto... é o momento mais bonito de toda a minha carreira! Encerrá-la com apresentações especiais em casas incríveis, acima de tudo, é o que o Belchior merece! Vai ser muito emocionante!”, diz a artista.
O público vai ouvir e assistir a partir das 21h, no Lençóis Instrumental 2024 em Barreirinhas é uma espécie de renascimento entre Ana Cañas e Belchior.
Jefferson Gonçalves e Taryn Szpilman
E quem chega em grande e respaldados na primeira noite do Lençóis Instrumental 2024, como duas atrações que já deixaram os seus nomes registrados nessa trajetória de 15 anos do festival, Jefferson Gonçalves e Taryn Szpilman.
Jefferson Gonçalves, gaitista, deixou o Rio de Janeiro para se embrenhar nas sonoridades do Nordeste. Levou a tiracolo o nome firmemente fincado no mais importante momento do blues brasileiro, dos anos 1990 para os anos 2000, se tornando uma referência não só como instrumentista da complexa e encantadora harmônica - reconhecido e aplaudido em palcos da Europa à África, passando obrigatoriamente pela América Latina inteira. Nessa trajetória, que soma mais de 30 anos, estabeleceu parcerias valorosas e se destacou também como compositor e produtor. O som de Jefferson é uma assinatura nítida que ele oferece aos ouvintes.
Taryn, cantora e atriz, traz em seus espetáculos uma performance vocal vigorosa influenciada pelas grandes cantoras do Jazz & Blues aliada a estética das atrizes do cinema clássico de Hollywood das décadas de 40 e 50. Nasceu e se formou dentro da primeira Big Band de Jazz brasileira, a Rio Jazz Orchestra, fundado por seu pai, o maestro Marcos Szpilman. Alcançou destaque como uma das principais vozes da Disney no Brasil como a protagonista do musical recordista Frozen, além de atuar há mais de duas décadas como uma das principais artistas da cena de Jazz & Blues no Brasil, escalada nos grandes festivais do gênero. Entre eles estão os irmãos de Cruzeiro - São Paulo, Júlio e Luciano Bittencourt, do Bitencourt Duo - uma formação que resulta em ensinamentos, criação, experimentos e muita, muita música boa, expondo o que há de belo na pluraridade das gentes e das culturas nacionais.
Júlio e Luciano Bittencourt compreendem com clareza, e explicam isso por meio do duo que integram, como são possíveis e plausíveis os encontros que a arte disponibiliza. Mesmo que pareça, não há oposição absoluta nos caminhos percorridos por Jefferson Gonçalves, Taryn e o Bitencourt Duo. É que estão todos afinados, entre bemois, sustenidos e maiores, pelas notas singulares do Blues - capazes de orientar todo o universo da música pop ocidental, se fazendo onipresente em audições de jazz, rock, baladas românticas e, acredite, nas enormes coincidências históricas, sociais e estruturais com gêneros como o xaxado, o xote e o baião. Até no samba e no chorinho, pelas conexões africanas e pelo recurso do arranjo trazido ao Brasil por Pixinguinha, o Blues dá o ar da graça.
Diego Reis
Diego Serra é ludovicense, mas também barreirense devido ao título concedido pela prefeitura de Barreirinhas em 2022. Além de cantor, compositor, ele é líder do Movimento Negro de Barreirinhas e Atins, produtor e mobilizador cultural, diretor audiovisual, professor de música e membro da Academia Barreirinhense de Letras, Artes e Ciências (ABLAC).
Na adolescência, inicia sua prática instrumental no violão e a compor, passeando por diferentes gêneros musicais e, em 2007, ingressa na Escola de Música do Estado do Maranhão (Lilah Lisboa de Araújo), se conectando com ritmos maranhenses que marcariam para sempre sua trajetória artística. Em 2013 começa a lecionar na escola de música de Barreirinhas/MA, se encontrando com o Movimento Caiçara dos Lençóis Maranhenses, nascendo dessa vivência a composição “Filhos da Areia” e, em seguida, a fundação da banda com o mesmo nome, atuando na cena musical barreirinhense há três anos.
Com a projeção do seu trabalho, em 2016 expande seus horizontes de atuação na cena musical de Barreirinhas fundando o Festival Música na Praça, que está em sua sétima edição e que mobiliza diversos setores econômico-culturais da cidade.
Seu Raimundinho, Ruy Mário e Andrezinho
Lá vem a segunda e última noite do Lençóis Instrumental 2024 recheado de diversidade sonora. E já que a palavra de orgem no festival é a quebra de paradigmas e mostrar para o público em que se tratando de Brasil tudo se transforma em jazz e blues, o "start" fica por conta show “Encontro Sanfonado’’ reunindo Seu Raimundinho e o seu Clã, formado por Ruy Mário e Andrezinho.
O Mestre Raimundo Lima, o Seu Raimundinho é considerado o embaixador do forró no Maranhão. Resgatando e valorizando o forró de raiz no estado, ele é um exímio sanfoneiro, habilidade que tem sido transmitida de geração em geração.
E no DNA do mestre Raimundinho vem o filho Ruy Mário. Natural de Santa Luzia, no Maranhão, é licenciando em música pela Universidade Federal do Maranhão. Oriundo de uma família de exímios sanfoneiros cujo pai, mais conhecido como “Seu Raimundinho”, foi seu grande mentor.
Atualmente tem focado na carreira solo e faz parte do Trítono trio, grupo Quarteto crivador , Emaranhado e forma o Duo com o trompetista Daniel Cavalcante e Duo com Roberto Chinês. Além de atuar como músico, também trabalha em seu próprio estúdio de gravação (RMaster) como arranjador e produtor musical.
Sanfoneiro, vindo de uma família com tradições nordestinhas fortes, com base no forró pé serra, aos quatro anos Andrezinho teve o primeiro contato com a sanfona. Participou de sete festivais de sanfona e teve a oportunidade de tocar na presença de todos os sanfoneiros do Maranhão. Com destaque para o seu avô, o mestre Raimundinho, a sua maior referência musical. Portanto, este "Encontro Sanfonado" é digno de ser ovacionado.
Zeca Baleiro
Ele nasceu em 11 de abril de 1966 em São Luís do Maranhão. Com sua mistura de ritmos e referências musicais diversas, canções líricas e a verve afiada de humor e ironia, o cantor e compositor foi recebido com entusiasmo pelo público e imprensa quando lançou seu primeiro disco de originais, “Por Onde Andará Stephen Fry?”, em 1997.
Ao longo destes mais de vinte e cinco anos, acumulou inúmeros prêmios e indicações, entre eles, Grammy Latino, APCA e Prêmio da Música Brasileira. Lançou quinze discos de estúdio, cinco cds ao vivo, nove dvds e vários projetos especiais, em que se destacam o disco em parceria com a poeta Hilda Hilst, “Ode descontínua e remota para flauta e oboé – de Ariana para Dionísio”; “Café no Bule”, cd em parceria com Paulo Lepetit e Naná Vasconcelos; e “Zoró Zureta”, projeto para crianças que inclui os cds “Zoró [bichos equisitos] Vol.1” e “Zureta Vol.2”, um aplicativo e o dvd de animações “A Viagem da Família Zoró”. Também comandou o programa de tv “Baile do Baleiro”, que estreou em 2016 no Canal Brasil.
Para marcar os 26 anos de carreira, Baleiro preparou uma série de lançamentos para 2023. Singles inéditos chegarão semanalmente nas plataformas digitais, culminando com o lançamento de um EP autoral. A celebração seguiu com um disco de samba autoral, intitulado "I SAMBA NÃO É DE NINGUÉM" e um álbum com Chico César. Um talk show e um livro de memórias também estão no prelo.
Zeca Baleiro excursionou por vários países da Europa (Bélgica, Alemanha, França, Itália, Portugal, Espanha e Suíça), África (Cabo Verde e Angola) e América do Sul (Argentina e Uruguai). Tem álbuns editados em Portugal, Espanha, Argentina, França e Estados Unidos.
Como produtor, realizou mais de 20 álbuns de artistas diversos, como Sérgio Sampaio (Cruel), Antonio Vieira (O Samba é Bom), Vanusa (Vanusa Santos Flores), Odair José (Praça Tiradentes), Wado (O Ano da Serpente) e o angolano Filipe Mukenga (Nós Somos Nós). Desde 2006 mantém o selo Saravá Discos, por onde tem lançado projetos de perfil alternativo e seus próprios álbuns.
Zeca Baleiro ficou conhecido pela sua mistura de ritmos e referências musicais diversas. Artista plural, vem se dedicando também à literatura, ao cinema e ao teatro. Escreveu o musical “Quem tem medo de Curupira?” e compôs trilhas para dança (“Mãe Gentil”, “Bicho Solto Buriti Bravo”, “Cubo” e “Geraldas e Avencas”), teatro (“Lampião e Lancelote”, “Roque Santeiro” e “A Carruagem de Berenice”) e cinema (“Carmo”, “Oração do Amor Selvagem”, “2” e “Tarsilinha”). Em 2019, ganhou o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro pela trilha sonora de “Paraíso Perdido”, filme de Monique Gardenberg.
Não se pode piscar que lá vem novidade de Zeca Baleiro: disco de inéditas, DVD ao vivo, trilha sonora, infantil, tributo — até um projeto de música erótica o compositor maranhense de 58 anos mostra a sua inquietude com a música. Em suma: os lados B, C e até Z de Zeca Baleiro são puro Zeca Baleiro. E vamos de Zeca na edição dos 15 anos do LENÇÓIS INSTRUMENTAL 2024.
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