Curiosidades

Sino de duas toneladas, camarim destruído e mais: confira as histórias mais inusitadas dos bastidores do Rock in Rio

Freddie Mercury, Rod Stewart, AC/DC e Axl Rose protagonizaram histórias memoráveis em 40 anos de história do festival.

Na Mira

Rock in Rio.
Rock in Rio. (Foto: Reprodução/TV Globo)

BRASIL - Em quatro décadas e dez edições no Rio de Janeiro, o Rock in Rio não só trouxe momentos memoráveis nos palcos, mas também acumulou histórias fascinantes e extravagantes nos bastidores.

Os camarins do festival viram desde pedidos excêntricos até situações inusitadas envolvendo grandes nomes da música mundial. As exigências dos artistas, muitas vezes confidenciais, eventualmente acabam reveladas com o passar dos anos.

Confira algumas histórias memoráveis do Rock in Rio: 

Freddie Mercury e o camarim destruído

Em 1985, o icônico Freddie Mercury, vocalista do Queen, protagonizou uma das histórias mais marcantes dos bastidores do Rock in Rio. Segundo o produtor Amin Khader, que cuidava dos camarins nas primeiras edições, Mercury destruiu seu camarim antes de subir ao palco para uma apresentação considerada a melhor da história do festival por um júri especializado.

Mercury exigiu 200 toalhas e uma dose de saquê mantida exatamente a 20 graus, aquecida por uma chama constante. Além disso, pediu que o corredor de acesso ao camarim fosse esvaziado, o que obrigou Khader a distribuir garrafas de uísque para os músicos brasileiros saírem do local. A tensão aumentou quando, ao caminhar pelo corredor, Mercury foi alvo de gritos provocativos, mas o cantor reagiu com ironia, comparando a situação a um furacão que acabara de passar.

Após o show, o camarim estava em ruínas: frutas coladas no teto, espelhos quebrados e o fogo do saquê ameaçando o carpete. A história permanece como uma das mais curiosas do festival.

Rod Stewart e as toalhas de motel

Outro episódio inusitado envolveu Rod Stewart, também na primeira edição do Rock in Rio. O cantor britânico, em cima da hora, solicitou 70 toalhas brancas, supostamente em um gesto de rivalidade com James Taylor, que havia feito o mesmo pedido. Khader teve que correr pela Barra da Tijuca em pleno domingo, comprando toalhas em motéis locais. No entanto, das 70 toalhas, Stewart usou apenas três.

Stewart também pediu 12 bolas de futebol para jogar ao público durante sua apresentação. Quando duas das bolas estavam furadas, o cantor não se conformou. A irritação gerou um momento constrangedor entre o coordenador de backstage, que disse que o cantor poderia arrancar as próprias já que exigia as 12, ao que o empresário do artista respondeu: “Mim entender português”, gerando um constrangimento.

AC/DC e o sino de duas toneladas

Em 1985, a banda AC/DC fez uma exigência inusitada: a presença de um sino de 2 toneladas no palco durante a execução da música "Hells Bells". O objeto foi trazido de navio, mas sua montagem no palco do Rock in Rio revelou um problema — a estrutura não suportaria o peso.

Diante disso, o cenógrafo Mário Monteiro teve que improvisar. Ele criou uma réplica em isopor e gesso, que foi usada nas duas apresentações da banda sem que ninguém percebesse. O truque foi revelado apenas após o último show, e a produção do AC/DC, longe de se ofender, pediu para levar o sino falso como lembrança.

Axl Rose e a macarronada comunitária

O Guns N’ Roses, veterano do Rock in Rio, protagonizou um momento mais leve em 1991. Axl Rose, frequentemente assediado pelos fãs, teve um gesto inesperado de generosidade ao convidar os funcionários do festival para um jantar. Depois de uma apresentação, a banda havia pedido uma grande refeição que sobrou no camarim. Ao invés de desperdiçar, Axl convidou faxineiros, camareiras e seguranças para se juntar a ele. Até Roberto Medina, fundador do festival, participou da refeição.

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