MARANHÃO - Das crianças aos mais velhos, todos conhecem pelo menos uma marchinha de Carnaval. Com melodias contagiantes, elas atravessaram gerações e continuam marcando presença na folia. No entanto, com as transformações do Carnaval ao longo do tempo, sua produção e recepção pelo público diminuíram.
O Carnaval de rua, com blocos e bandas entoando marchinhas, perdeu espaço para grandes shows, trios elétricos e festas fechadas. Você já se perguntou por que não surgem novas marchinhas? Na verdade, elas ainda são produzidas, mas já não alcançam o mesmo impacto de décadas passadas. O consumo de música mudou, e o público atual tende a se conectar mais com hits do streaming e das redes sociais.
Mesmo assim, as clássicas marchinhas resistem ao tempo. Em qualquer festa carnavalesca, elas continuam a tocar, animando foliões e preservando um pedaço da história musical brasileira.
História
As marchinhas surgiram no Brasil no início do século XX, com um ritmo inicialmente mais calmo e influenciado pelas bandas militares. A partir da década de 1920, ganharam um andamento mais acelerado e se popularizaram rapidamente. Entre as décadas de 1930 e 1960, viveram seu auge, impulsionadas por grandes compositores como Lamartine Babo, Braguinha e João de Barro, quando as primeiras composições baseadas no jazz estadunidenses foram lançadas e conquistaram a população.
Foi nesse período que nasceram clássicos como Mamãe Eu Quero (Vicente Paiva, 1937) e Me Dá um Dinheiro Aí (Ivan Ferreira, Homero Ferreira e Glauco Ferreira), canções que seguem vivas na memória popular e continuam embalando os foliões após quase um século.
Marchinhas que marcaram época
Algumas das marchinhas mais icônicas do Carnaval brasileiro incluem:
• A Pipa do Vovô (Manoel Ferreira e Ruth Amaral)
• Ó Abre Alas (Chiquinha Gonzaga, 1899)
• Ta-hí (Joubert de Carvalho, 1930)
• Mamãe Eu Quero (Vicente Paiva, 1937)
• Aurora (Mário Lago e Roberto Roberti)
• O Teu Cabelo Não Nega (Lamartine Babo)
• Pirata da Perna de Pau (Braguinha)
• Cabeleira do Zezé (João Roberto Kelly e Roberto Faissal)
• Máscara Negra (Zé Kéti e Pereira Mattos, 1967)
• Sassassaricando de Luiz Antônio, Zé Mário e Oldemar Magalhães
• Me Dá um Dinheiro Aí (Ivan Ferreira, Homero Ferreira e Glauco Ferreira)
As marchinhas que permanecem no imaginário popular abordam temas universais como amor, festa, bebidas e sexo. Com letras bem-humoradas e ritmos envolventes, elas continuam a ser cantadas e dançadas em blocos tradicionais, festas e até em reuniões familiares
Legado
As marchinhas podem não estar nos streamings ou garantindo cliques nas redes sociais, mas continuam fazendo parte da cultura popular brasileira. As marchas de carnaval ainda ecoam nas ruas, reuniões de família, festas e, principalmente, na memória e na boca do povo! Enquanto houver carnaval, as marchinhas estarão presentes.
Saiba Mais
- Desfile das Campeãs do carnaval carioca tem ação contra feminicídio
- Saiba como foi a primeira noite dos desfiles das escolas de samba
- Blocos tradicionais agitam passarela na primeira noite de desfiles
- Aplicativo Celular Seguro tem 2,5 mil alertas de bloqueio no carnaval
- Milton Nascimento é homenageado pela Portela
Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais X, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.