MUNDO - Entre os anos 90 e 2000, as pulseiras de miçangas eram uma febre. Toda adolescente queria ter, e, principalmente, fazer uma pulseira. Não era apenas um acessório da moda que contribuía para uma estética divertida, mas também uma forma de aumentar a renda e incentivar meninas, desde cedo, a desenvolver aptidão para o empreendedorismo.
Além disso, as miçangas eram um meio de criar laços e conhecer novas pessoas. No entanto, ao final da década de 2000, a febre esfriou, dando lugar a acessórios menos coloridos, como os dourados e prateados.
A palavra “miçanga” tem origem em “masanga”, termo africano que significa “contas de vidro miúdas”. Surgidas no Egito entre 2400 e 1600 a.C., as miçangas eram utilizadas como moeda de troca na Europa pelos romanos, segundo a pesquisadora e antropóloga Els Lagrou. Por serem mais simples e acessíveis, tornaram-se uma alternativa para aqueles que não podiam arcar com joias caras, feitas de pedras preciosas ou pérolas. Além disso, seu baixo custo e variedade de cores e modelos tornaram-nas um atrativo popular.
Em 2020, com a pandemia e os adolescentes (novamente eles!) presos em casa, as miçangas começaram a ressurgir como uma forma de distração durante a quarentena. No entanto, foi apenas em 2023 que as pulseiras voltaram de vez à moda, graças aos swifties, como são chamados os fãs de Taylor Swift.
A cantora lançou, em outubro de 2022, a canção You’re on Your Own, Kid, que traz o verso: “Make the friendship bracelets, take the moment and taste it” (“Faça as pulseiras da amizade, pegue esse momento e o saboreie”). Inspirados na música, os fãs transformaram o trecho em um verdadeiro manual. Quando Taylor anunciou sua turnê, seus admiradores correram para produzir pulseiras da amizade com miçangas, coloridas e com nomes de álbuns e músicas da artista.
Desde então, a busca por miçangas aumentou 74% no site Mercado Livre. Nos Estados Unidos, os swifties fizeram as vendas do item bater a marca de 3 milhões de dólares. A tendência se espalhou pelo mundo, e fãs de diversos artistas adotaram a ideia, criando pulseiras da amizade com nomes de músicas para trocar em shows – entre eles Olivia Rodrigo, Harry Styles, Sabrina Carpenter e, aqui no Brasil, o cantor Jão.
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