AÇAILÂNDIA - Desde que recebeu o status de país livre do sarampo pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), o Brasil tem adotado medidas e campanhas para continuar controlando a doença em território nacional. O sarampo é uma doença viral altamente contagiosa que afeta principalmente crianças e pode causar complicações graves, como diarréias intensas, cegueira, pneumonia e encefalite (inflamação do cérebro).
No ano passado, quatro casos foram confirmados no Brasil, demonstrando que a ameaça ainda existe globalmente. Esses casos foram importados, com pessoas trazendo a doença de países como Paquistão, Inglaterra e Itália. Segundo Flavia Monari, enfermeira e professora de uma faculdade de Açailândia, cada brasileiro tem um papel importante na prevenção da doença. A forma mais efetiva de evitar os contágios e o retorno do sarampo é a vacinação infantil, realizada em duas doses, aos 12 e 15 meses de idade.
De acordo com uma nota divulgada recentemente pela Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 22 milhões de crianças perderam a primeira dose da vacina em 2023. Estima-se que 83% das crianças receberam a primeira dose, enquanto apenas 74% completaram a segunda dose recomendada.
Flavia destaca que o grande desafio é fazer com que, anualmente, as pessoas compreendam que essas doenças não estão mais no cotidiano justamente porque há campanhas contínuas de vacinação.
“A manutenção da vacinação regular é crucial para evitar o reaparecimento de doenças controladas, como o sarampo e a poliomielite. Por isso, é fundamental que pais e responsáveis sigam o calendário vacinal na infância, garantindo ampla proteção para o desenvolvimento saudável das crianças e contribuindo para a saúde coletiva. No caso do sarampo, a vacinação com a tríplice viral, que também previne caxumba e rubéola, é essencial para evitar complicações graves, além de reduzir drasticamente o risco de mortalidade”, explica a especialista.
No Brasil, o Programa Nacional de Imunização (PNI) oferece um calendário vacinal completo, gratuito e acessível. Assim, é indispensável que pais e responsáveis sigam esse calendário, já que algumas vacinas não podem ser aplicadas em idades posteriores. Aproveitar a oferta gratuita nas unidades de saúde é essencial para garantir a proteção individual infantil e a manutenção da saúde coletiva em nosso país. Segundo a OMS, um dado que comprova a importância da vacinação é a estimativa de que, desde o ano 2000, as vacinas contra o sarampo tenham salvado cerca de cinco vidas por segundo.
“Eu costumo dizer que a vacina é como um grande guarda-chuva que protege o indivíduo. Quando você está com o guarda-chuva em um temporal, pode até tomar alguns respingos nos pés, molhar um pouco o calçado ou a mochila, mas o corpo permanece protegido. Da mesma forma, a vacina oferece essa proteção: mesmo que você entre em contato com a doença, as chances de desenvolver formas graves diminuem significativamente, desde que você tenha completado todo o processo de imunização, como no caso do sarampo”, finaliza Flavia.
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