SÃO LUÍS - A morte do jovem Paulo Oliveira, ocorrida na noite de sábado (5) revela mais uma dentre várias denúncias de falta de atendimento no pronto-socorro de Bacabal. Segundo os familiares, apenas um soro foi injetado no rapaz. Não tinha ambulância para fazer o transporte até São Luis e o mesmo terminou por falecer.
Na tarde de sábado o jovem Paulo Ricardo Oliveira (20) sofreu um grave acidente na BR-316, próximo da entrada de Bacabal. Paulo trafegava em uma moto na companhia de outro jovem, Heitor Neto, quando colidiu com um automóvel que fez uma manobra irregular. O carro tentava evitar uma blitz da Polícia Rodoviária e fez o retorno sem observar que a moto de Paulo vinha atrás. Os jovens não tiveram como evitar o choque.
Paulo Oliveira saiu do acidente com traumatismo craniano, seu amigo teve mais sorte, machucou apenas o pulso. A partir do momento em que foi socorrido por um desconhecido começava uma história de descaso e omissão das autoridades de saúde. Conforme relatam familiares do jovem Paulo ele foi levado para o Hospital Regional Laura Vasconcelos, administrado pela Secretaria Municipal de Saúde, e lá a única providência tomada foi a administração de um soro com sedativo.
- Pode-se dizer que não houve atendimento. O que aconteceu lá não se chama de atendimento. O meu irmão não teve o socorro. O que colocaram nele foi só um sedativo. Ele ficou numa maca La, jogado, e não teve nenhum médico presente, só uma enfermeira que tava lá, e nada foi feito – desabafa Aniele Oliveira, irmã da vítima.
Foi Aniele quem acompanhou Paulo até Presidente Dutra. Por falta de condições para fazer os exames de diagnóstico em Bacabal, o rapaz foi transferido para São Luis, mas a família optou pelo pronto-socorro de Presidente Dutra. Segundo Aniele, os médicos que prontamente atenderam Paulo naquela cidade, chegaram a comentar o fato de ele não ter recebido os primeiros atendimentos o que contribuiu para o agravamento do seu estado de saúde.
A jovem Aniele Oliveira, revoltada por não ter sido disponibilizada sequer uma ambulância para o transporte do seu irmão, reclama por justiça. Ela conversou com a reportagem da Rádio Mirante FM.
Ouça a entrevista clicando em “áudio”.
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