BACABAL - A delegada do 1º DP, Lílian Maria Parussolo, está encaminhando, nesta quarta-feira (10), para o poder judiciário, o inquérito 003/2010, que apurou negligência no atendimento ao jovem Paulo Ricardo de Oliveira, prestado no hospital Laura Vasconcelos. Após sofrer um acidente de trânsito, Paulo Ricardo foi levado para o hospital Laura Vasconcelos, onde funciona o pronto-socorro municipal de Bacabal, depois foi levado por familiares para Presidente Dutra, onde faleceu.
A instauração do inquérito foi determinada pelo juiz Osmar Gomes dos Santos. A conclusão da delegada Lílian, é de que houve sim negligência no atendimento. Ela pede o indiciamento de três pessoas:
- O condutor do veículo, João Batista Lima da Cruz, por homicídio culposo em trânsito, agravado pelo fato de não ter CNH e não ter prestado socorro e por lesão corporal em trânsito;
- O proprietário do veículo, Eudes Ferreira Araújo, por haver emprestado o veículo para pessoa sem habilitação;
- E o médico Dílson Raimundo Sá Ferreira, plantonista do hospital Laura Vasconcelos, contratado pelo município, por homicídio culposo.
No relatório, a delegada aponta que não foram adotadas as medidas necessárias. Paulo Ricardo teria sido atendido já inconsciente e com problemas respiratórios, e o médico apenas administrou oxigênio, via cateter, soro fisiológico venal e encaminhou o paciente para a enfermaria de observação. O relatório aponta, ainda, que o médico não comunicou a família sobre o estado de saúde do rapaz e nem sobre a gravidade da transferência em veículo que não fosse uma ambulância.
“O médico deveria ter feito o mínimo necessário, se cercado das exigências que o caso necessitava. No caso Paulo Ricardo foi transportado em carro particular para outro município ainda com soro fisiológico venoso e o pior sem assinar o termo de responsabilidade. Então entendemos sim que houve negligência médica”, ressaltou a delegada, em entrevista a reportagem da Rádio Mirante de Bacabal.
Ouça a entrevista com a delegada Lílian Parussolo clicando em ‘áudio’.
A delegada afirmou que o Ministério Público poderá ainda no decorrer do processo e responsabilizar o município por falta de estrutura hospitalar.
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