SÃO LUÍS – Foi preso no início da manhã desta terça-feira (19) o ex-prefeito do município de Bacabal, Raimundo Nonato Lisboa. A informação foi confirmada pelo delegado-geral de Polícia Civil do Maranhão, Augusto Barros, à reportagem do portal Imirante.com. A operação El Berite é comandada pela Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic).
Trata-se de mais uma linha de investigação sobre casos de agiotagem do Estado: além do ex-prefeito, integrantes do grupo de licitação da sua gestão, também, foram detidos: Manoel Moura Macedo; Francisco de Jesus Silva Soares; Ezequiel Farias; e Aldo Araújo Brito, ex-presidente da comissão de licitação de Bacabal – todos por mandados de prisão preventiva.
Foi realizada, ainda, a prisão coercitiva de Maria do Carmo Xavier. Todos os detidos serão conduzidos para a Seic ainda nesta terça-feira. "Nosso objetivo é responsabilizar gestores, ex-gestores públicos e particulares que formam quadrilhas especializadas em fraudar processos licitatórios e desviar recursos públicos", pontua Augusto Barros.
El Berite
O nome hebraico que dá nome à operação significa Deus de concreto, em alusão a uma das empresas usadas para desviar recursos públicos. A ação é mais uma etapa no combate ao crime de agiotagem envolvendo prefeituras do Maranhão. Esta é a terceira operação desencadeada no mês de maio e a quarta do ano de 2015.
No dia 5, foram iniciadas as operações "Morta-Viva" e "Maharaja", envolvendo as prefeituras dos municípios de Marajá do Sena, Bacuri e Zé Doca, que culminou com as prisões do prefeito de Bacuri, Richard Nixon Monteiro dos Santos; o prefeito e o ex-prefeito de Marajá do Sena, Edvan Costa e Perachi Roberto Moraes, respectivamente; o contador da Prefeitura de Marajá do Sena, José Epitácio Muniz Silva, o Cafeteira; e Josival Cavalcanti da Silva, o "Pacovan", apontado como agiota nas investigações.
A primeira operação iniciada neste ano no combate ao desvio de recursos públicos ocorreu no dia 31 de março, denominada "Imperador". A ação culminou com a prisão temporária da ex-prefeita de Dom Pedro, Arlene Barros; e do filho dela, Eduardo Barros, apontado nas investigações como o líder do grupo.
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