BRASIL - O refluxo pode se transformar em doença quando começa a atrapalhar o desenvolvimento natural da criança ou quando reduz a qualidade de do lactente. Fatores como a perda ou não ganho de peso, choro, irritabilidade, recusa alimentar, anemia e vômitos com sangue podem ser sintomas do refluxo mais grave e precisa ser tratado com acompanhamento médico.
De acordo com a neonatologista Claudia Neves, o refluxo surge nos bebês porque o ácido que volta do estômago vence os mecanismos de defesa e acaba fazendo mal para o esôfago ou provocando alguma lesão e desencadeando os sintomas. "O refluxo é caracterizado pelo retorno do conteúdo do estômago para o esôfago e outras áreas como a boca. É um evento comum nos primeiros meses de vida, que na maioria das vezes não causa sintomas graves e está ligada à regurgitação, também conhecida como golfada. Essas acontecem duas ou mais vezes por dia em quase metade das crianças até os dois meses, e em 1% daquelas com cerca de um ano. A melhora, espontânea, está relacionada ao crescimento e desenvolvimento da criança", comenta.
O refluxo-doença, ou a “doença do refluxo gastroesofágico”, ao contrário do refluxo fisiológico, necessita de tratamento e, às vezes, exames diagnósticos. Caso seu filho se sinta desconfortável, mais choroso que o usual, ganhe pouco peso ou apresente outro sinal de sofrimento, converse com seu pediatra para avaliar a situação e identificar o diagnóstico.
Se a doença do refluxo gastroesofágico se confirmar, o tratamento é feito com medicações antiácidas. Porém, cada criança deverá ser avaliada pelo seu médico individualmente, pois há diferentes tipos de refluxo-doença. Evite “copiar” tratamentos ou receitas de amigos ou parentes.
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