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CPI das Pirâmides Financeiras ouve testemunhas sobre fraude na 123milhas

Deputado afirma que a atuação da empresa se assemelha aos casos de pirâmides financeiras.

Agência Câmara de Notícias

123 milhas suspendeu passagens em agosto.
123 milhas suspendeu passagens em agosto. (Foto: Rafa Neddermeyer / Agência Brasil)

BRASÍLIA- A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras da Câmara dos Deputados realiza nova audiência pública nesta terça-feira (3), no plenário 7, às 14h30. Desta vez para ouvir testemunhas sobre o caso da 123milhas, a pedido do presidente do colegiado, deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ).

A companhia suspendeu a venda de passagens e pacotes da linha promocional em 18 de agosto e disse que compensaria os clientes com vouchers. Com a reação negativa de consumidores e autoridades públicas – além de movimentos de antecipação de créditos por parte de bancos e outros financiadores –, a empresa resolveu pedir recuperação judicial.

A recuperação judicial paralisa, temporariamente, processos movidos por clientes contra a empresa. "O processo de recuperação foi provisoriamente suspenso em meados de setembro pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais, enquanto são verificadas as reais condições de funcionamento e reerguimento da empresa", informou Aureo Ribeiro.

Fraude desde o início

O relator da CPI, deputado Ricardo Silva (PSD-SP), já disse que "a 123milhas é um crime ambulante". Segundo ele, as quebras de sigilo demonstraram que a empresa é fraudulenta desde o início de suas atividades e que não há irregularidades apenas nos planos promocionais, mas em todos os tipos de venda.

A CPI

A comissão foi instalada em junho para investigar esquemas de pirâmides financeiras com o uso de moedas digitais. Os deputados entendem que a atuação da 123milhas em muito se assemelha aos casos de pirâmides financeiras.

O prazo para o encerramento dos trabalhos da comissão encerra-se no dia 11 de outubro.

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