Sobras eleitorais

Sete deputados devem perder mandato com novo entendimento do STF

Supremo mudou entendimento sobre a regra das chamadas sobras eleitorais e beneficiou Davi Alcolumbre que havia reclamado de posição anterior da Corte.

Ipolítica, com informações da Folha de S. Paulo

Ministros do Supremo mudaram entendimento sobre as sobras eleitorais
Ministros do Supremo mudaram entendimento sobre as sobras eleitorais (Reprodução)

BRASÍLIA - A maioria de membros do Supremo Tribunal Federal (STF) votou na sexta-feira (21) para aceitar um recurso e modificar um julgamento de fevereiro da Suprema Corte, o que pode resultar na troca de sete deputados federais.

Trata-se do caso conhecido como as sobras eleitorais. Na prática, o entendimento da maioria do Supremo beneficia o senador Davi Alcolumbre (União-AP), porque viabiliza a entrada no Congresso de quatro aliados do congressista no Amapá.

No mês de maio Alcolumbre reclamou com pessoas próximas da decisão anterior do Supremo — ele é o favorito a suceder Rodrigo Pacheco (PSD-MG) no comando da Casa.

Naquela ocasião a imprensa tratou da insatisfação do parlamentar, mas ele optou por não comentar o caso publicamente.

Foi justamente, no entanto, naquele mesmo período que integrantes do Judiciário passaram a articular uma mudança no entendimento para que a regra fosse aplicada já para a eleição de 2022.

O caso foi levado ao Plenário virtual do STF e girou em torno do prazo de aplicação da determinação da corte sobre o tema, que começaria a partir de 2024. André Mendonça pediu que o recurso fosse analisado em Plenário físico, mas parte dos ministros resolveu adiantar os votos em ambiente virtual.

Leia também: Lula sobre André Fufuca: "ministro extraordinário"

Votaram pelo entendimento que pode gerar a mudança na composição da Câmara os ministros Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Kassio Nunes Marques, Flávio Dino, Dias Toffoli e Cristiano Zanin. Os magistrados contrariaram o voto da relatora, Cármen Lúcia, que rejeitou o recurso apresentado.

Ainda assim, a ação precisará ser julgada presencialmente para ser confirmada. Não há perspectiva de quando o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, colocará o processo em pauta.

Também há a possibilidade de que Mendonça retire a sua requisição para que o caso seja julgado presencialmente, o que levaria a ação para ser concluída em ambiente virtual.

Deputados que podem perder mandato

A decisão do STF pode retirar o mandato de sete deputados federais, segundo cálculos preliminares apresentados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Com a possível mudança, a bancada do Amapá na Câmara, formada por oito deputados, será a mais atingida, provocando a troca de metade dos parlamentares. As alterações atingem os atuais deputados Dr. Pupio (MDB), Sonize Barbosa (PL), Professora Goreth (PDT) e Silvia Waiãpi (PL).

Mais três deputados podem perder os mandatos: Lebrão (União Brasil-RO), Lázaro Botelho (PP) e Gilvan Máximo (Republicanos-DF).

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.