Câmara dos Deputados

CCJ aprova criação de cadastro de condenados por violência contra mulheres

Projeto que cria cadastro de condenados por violência contra mulheres ainda será analisado pelo Plenário da Câmara e pode voltar para a análise do Senado antes de virar lei.

Agência Câmara

CCJ aprova criação de cadastro de condenados por violência contra mulheres
CCJ aprova criação de cadastro de condenados por violência contra mulheres (Reprodução)

BRASÍLIA - A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que cria o Cadastro Nacional de Pessoas Condenadas por Violência contra a Mulher (CNPC Mulher).

Conforme a proposta, o cadastro incluirá pessoas condenadas por decisão transitada em julgado, ou seja, quando não cabe mais recurso, pelos crimes de: feminicídio, estupro, estupro de vulnerável, lesão corporal praticada contra a mulher, perseguição contra a mulher e violência psicológica contra a mulher.

A relatora, deputada Laura Carneiro (PSD-RJ), recomendou a aprovação do substitutivo da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado ao Projeto de Lei 1012/20, do Senado. A análise na CCJ ficou restrita aos aspectos constitucionais, jurídicos e de técnica legislativa da matéria.

O texto original, da ex-senadora Kátia Abreu (TO), transforma o Cadastro Nacional de Pessoas Condenadas por Crime de Estupro, hoje mantido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), no Cadastro Nacional de Pessoas Condenadas por Violência contra a Mulher.

O substitutivo cria um novo cadastro, mantendo o antigo, a fim de não deixar de contemplar estupro de homens, crianças e adolescentes.

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Perfil do condenado
Pelo texto aprovado, o cadastro conterá as seguintes informações dos condenados: características físicas; perfil genético, caso já tenha sido colhido na forma da legislação cabível; perfil sociocultural, incluídas informações sobre idade, sexo, raça/etnia, profissão e escolaridade; fotos; local de moradia; CPF; e anotação sobre eventual reincidência.

A atualização periódica dos cadastros deverá excluir da base de dados os condenados após o transcurso do prazo de prescrição ou se a pena já tiver sido cumprida ou extinta de outra maneira.

Próximos passos
O projeto ainda será analisado pelo Plenário da Câmara. Se as modificações feitas pelas comissões permanecerem, o texto retornará ao Senado para validação dos senadores, antes da sanção do presidente da República.

Além das comissões de Constituição e Justiça e de Cidadania; e de Segurança e Combate ao Crime Organizado, a proposta foi aprovada também pela Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara.

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