Manifstação

MST faz ato em apoio ao Assentamento Olga Benário

Local foi atacado por 20 homens no dia 10 de janeiro.

Agência Brasil

No dia 10 de janeiro, pelo menos 20 homens em cinco carros e motos invadiram o assentamento e atiraram nas famílias que estavam reunidas.
No dia 10 de janeiro, pelo menos 20 homens em cinco carros e motos invadiram o assentamento e atiraram nas famílias que estavam reunidas. (Foto: divulgação)

SÃO PAULO - O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) fez, na manhã deste sábado (18), um ato em solidariedade em resposta ao ataque ao Assentamento Olga Benário, em Tremembé, no interior de São Paulo, no dia 10, que deixou dois trabalhadores sem-terra mortos e seis feridos. Pelo menos 20 homens em cinco carros e motos invadiram o assentamento e atiraram nas famílias que estavam reunidas.

A mobilização teve ainda o objetivo de defender a reforma agrária popular, a proteção da vida nas áreas rurais e a justiça para as famílias afetadas. “Este é um ato por vida e por justiça, mas também um ato por reforma agrária, porque ela é o cerne e a principal questão que precisa ser resolvida em nosso país para que a paz no campo seja uma realidade, para que a luta dos trabalhadores e trabalhadoras não seja criminalizada e que suas vidas não sejam ceifadas”, disse Renata Menezes, da direção nacional do movimento.

Participaram do ato o presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Cesar Aldrighi. a superintendente do Incra/SP, Sabrina Diniz, e o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira.

O Assentamento Olga Benário foi criado em 2006 e cerca de 50 famílias trabalham com agricultura familiar diversificada, produzindo mandioca, frutas, café, cana-de-açúcar, hortaliças, pecuária e alimentos para o mercado local e para subsistência. A produção agroecológica é destaque, com Sistemas Agroflorestais (SAFs) que integram hortaliças, árvores frutíferas e práticas como coleta de sementes florestais e adubação verde.

“Este foi o primeiro atentado registrado no assentamento Olga Benário, mas há outros casos com registros de boletins de ocorrência por ameaças e episódios de violência, como disparos contra um assentado que estava de moto em outro momento e incêndios de casas no Assentamento Luís Carlos Prestes, em Taubaté”, denuncia o movimento.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais X, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.