Economia

Dólar tem maior queda diária em dois anos e meio e fecha a R$ 5,75

Bolsa de valores sobe 0,2%, apesar de queda na cotação do petróleo.

Wellton Máximo / Agência Brasil

Atualizada em 05/03/2025 às 23h00
Dólar registrou queda de 2,71% nesta quarta-feira (5).
Dólar registrou queda de 2,71% nesta quarta-feira (5). (Marcello Casal Jr / Agência Brasil)

SÃO PAULO - O mercado financeiro retornou do carnaval em clima de alívio. Numa sessão de curta duração, o dólar teve a maior queda em mais de dois anos e meio e dissipou a alta do fim de fevereiro. A bolsa teve pequena alta, apesar da queda na cotação do petróleo.

O dólar comercial encerrou esta quarta-feira (5) vendido a R$ 5,756, com recuo de R$ 0,16 (-2,71%). A cotação operou em baixa durante toda a sessão e fechou próxima da mínima do dia em meio a sinais de desaceleração na economia norte-americana e com a reversão de medidas comerciais anunciadas pelo presidente Donald Trump.

Esse foi o maior recuo diário da moeda norte-americana desde 3 de outubro de 2022, quando o dólar tinha caído 4,03% no dia seguinte ao primeiro turno das eleições presidenciais. Em 2025, a divisa acumula queda de 6,86%.

No mercado de ações, o otimismo foi menor. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 123.047 pontos, com alta de 0,2%.

Apesar da alta nas bolsas norte-americanas, a bolsa brasileira foi influenciada pela forte queda nas ações de petroleiras em todo o mundo, por causa do recuo do petróleo no mercado internacional.

O barril do tipo Brent, usado nas negociações internacionais, caiu 2,36% nesta segunda e fechou a US$ 69,46 em meio a notícias de aumento de estoques de petróleo nos Estados Unidos e notícias de plano da Opep+ de elevar a produção em abril.

As ações da Petrobras, as mais negociadas no Ibovespa, caíram 4,61% nos papéis ordinários (sem direito a voto em assembleia de acionistas). Os papéis preferenciais (com preferência na distribuição de dividendos) recuaram 3,65%.

Em relação ao dólar, a divisa refletiu sinais de desaceleração na economia norte-americana. Além disso, a decisão de Donald Trump de adiar para abril o início da elevação de tarifas em 25% para os produtos do México e do Canadá fez a cotação cair ainda mais no fim da tarde.

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