BRASIL - Marcada para esta sexta-feira (28), a Black Friday deve movimentar o volume de compras online no país. No entanto, o período também aumenta o risco de golpes aplicados por cibercriminosos, que usam links falsos, ofertas inexistentes e páginas fraudulentas para enganar consumidores e empresas.
A data concentra grande movimentação financeira, principalmente em compras online, e se torna oportunidade para ataques que buscam roubar dados pessoais, bancários e senhas. Além dos consumidores, empresas também podem ser afetadas, enfrentando prejuízos financeiros e danos à imagem e à reputação.
Segundo o relatório de uma companhia internacional de segurança cibernética, entre novembro de 2023 e outubro de 2024, foram registrados 837 incidentes de segurança no varejo brasileiro, com 419 resultando em vazamento de dados.
De acordo com Alberto Jorge, CEO da Trust Control e especialista em cibersegurança, a fragilidade dos sistemas e a falta de preparo das equipes contribuem para o aumento dos ataques. “Muitas vezes isso ocorre devido a deficiências em segurança e falta de preparação dos colaboradores. O crescimento acelerado dos ataques no setor varejista acompanha a tendência global de aumento das ameaças cibernéticas”, disse Alberto Jorge.
Orientações para se proteger de golpes digitais
O especialista Alberto Jorge orienta que consumidores e empresas mantenham sistemas, aplicativos e dispositivos atualizados, incluindo computadores, tablets e celulares. Segundo ele, programas desatualizados se tornam mais vulneráveis a invasões.
“É fundamental manter sempre uma tecnologia de proteção contra ameaças no dispositivo, seja ele computador, tablet ou celular, como antivírus. Outra medida extremamente importante é manter os sistemas atualizados; fazer regularmente a atualização dos sistemas operacionais, fazer também regularmente a atualização de outros aplicativos. Quando eles ficam desatualizados, se tornam vulneráveis”, orienta Alberto Jorge.
Ele reforça também a importância de senhas fortes em plataformas de e-commerce, combinando letras, números, caracteres especiais e diferentes tipos de grafia, com pelo menos 20 caracteres. O uso da autenticação em dois fatores é outro recurso essencial para reduzir o risco.
O especialista ressalta que as empresas podem recorrer ainda a ferramentas que monitoram links suspeitos e páginas falsas que usam marcas ou domínios semelhantes para enganar consumidores.
“Existem tecnologias que permitem detectar, por exemplo, lojas fraudulentas, que normalmente usam a marca da empresa ou um domínio parecido para ludibriar os consumidores, e também de detecção desses e-mails fraudulentos de phishing utilizando em nome da loja e também automatizar a retirada do conteúdo”, explica Alberto Jorge.
Segundo ele, esses golpes impactam diretamente o negócio e podem gerar ações judiciais, aumentando custos com defesa. Por isso, o monitoramento contínuo deve ser adotado com equipe interna ou por meio de empresas especializadas.
“E quando muita gente entra na justiça contra a empresa e ela precisa se defender, terá custos processuais envolvidos, como custos de advogados. Por isso, recomendamos que o segmento do varejo faça esse monitoramento, com uma equipe própria ou terceirizando, por meio de companhias especializadas em cibersegurança”, explica Alberto Jorge, CEO da Trust Control.
O que fazer quando cair em golpes virtuais?
Nesses casos, é necessário registrar um boletim de ocorrência para que a polícia possa investigar o caso. O especialista explica que, para empresas, a recomendação é reforçar o monitoramento online, especialmente no período de Black Friday, quando há aumento expressivo nas vendas.
Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais X, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.