'SOS Comunidade'

Hospital de urgência de Imperatriz trabalha sobrecarregado

O hospital de Imperatriz atende a demanda de 40 municípios do Maranhão, Pará e Tocantins.

Imirante, com informações da TV Mirante

Atualizada em 27/03/2022 às 12h29

IMPERATRIZ - Na quarta reportagem da série "SOS Comunidade", o Bom Dia Mirante mostrou o drama das pessoas que precisam de atendimento de saúde em Imperatriz. O único hospital de urgência e emergência, o Socorrão, trabalha sobrecarregado com a demanda de 40 municípios do Maranhão, Pará e Tocantins.

Veja, ao lado, na reportagem de Tátyna Viana e Hildomar Lopes.

Para complicar ainda mais a situação, os problemas não estão apenas no atendimento no Socorrão. Faltam medicamentos, sobram filas para a marcação de consultas e exames e os servidores da saúde, também, reclamam das condições de trabalho e de salário.

A ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) leva mais um pedido de socorro. A correria diária tem uma explicação simples: salvar vidas. E o chamado "Socorrão" assume a responsabilidade de salvar muitas, centenas, milhares de vida. O Hospital Municipal de Imperatriz é o único hospital público de urgência e emergência, mas a demanda vai muito além dos pacientes da cidade. No local, chega gente de pelo menos 40 municípios dos Estados do Maranhão, Pará e Tocantins.

Na ambulância estacionada em frente ao hospital, está a confirmação da demanda altíssima de pacientes de fora. O que tem reflexo no atendimento e na fila de espera. No livro de registros, em menos 10 horas, 34 pacientes de mais de 20 municípios diferentes deram entrada no hospital. Além do controle, basta perguntar para ter certeza.

Se não é emergência, pelo menos os pacientes de Imperatriz deveriam se consultar nos postos de saúde. O serviço antes realizado apenas na unidade avançada Três Poderes foi descentralizado. Mas além da demora na marcação de exames, consultas e cirurgias, os usuários, ainda, enfrentam a falta de medicamentos. O vigilante Jean Duarte buscava um remédio controlado, que a venda é proibida sem receita médica. Por quatro vezes, obteve um "não" como resposta. A falta dos remédios foi registrada por mais de quatro meses. A dona de casa Josélia Rodrigues, também, se deslocou de longe e teve que voltar de mãos vazias.

Quando a saúde exige cuidados ainda mais especiais, o problema é mais grave. No Núcleo de Atenção Integrada em Saúde de Imperatriz (Naisi), 42 pessoas estão internadas desde novembro do ano passado. A Promotoria de Justiça da Saúde instaurou um processo administrativo em função de irregularidades encontradas e o núcleo pode ser fechado. Em junho deste ano, numa reunião com técnicos do Ministério da Saúde, Ministério Público Estadual e gestores do município, foi discutido o fechamento do Naisi. O que deixou a aposentada Celina Rodrigues preocupada. O filho dela depende do atendimento psiquiátrico.

Problemas no atendimento e no pagamento dos servidores que prestam serviços na saúde de Imperatriz. Com apito e roupa preta, em sinal de protesto, eles reivindicaram nas ruas a gratificação salarial que não é repassada pela prefeitura há sete meses, para mais de 500 servidores da saúde.

Entrevista

E sobre os problemas mostrados na reportagem, o repórter Gil Santos conversou, no Bom Dia Mirante desta quinta-feira (8), com o coordenador de Atenção Básica do município, Irisnaldo Félix (assista à entrevista logo após a reportagem em vídeo).

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