IMPERATRIZ – Com a chegada da Quaresma, muitos cristãos colocam em prática a renovação espiritual, através da penitência. Muitos cristãos se privam de prazeres durante toda a Quaresma, como abstinência de carne vermelha, refrigerantes, doces álcool, entre outras penitências.
Francisca Costa, ministra de uma paróquia, aproveita o período quaresmal para se abster de carne vermelha e refrigerantes durante os 40 dias. Segundo ela, o sacrifício acontece por vontade própria e tem como propósito ficar mais firme na fé. “Todo ano eu faço penitência, os 40 dias, desde quando comecei a caminhar para a igreja. Meu propósito é para que eu me converta mais e seja mais firme na fé”, ressalta.
Além de dona Francisca, a jovem Bruna Pereira, que é de família tradicional católica, ver no tempo de Quaresma, um tempo de graça. Por isso, busca a vida eterna através da penitência. “Eu escolhi como forma de penitência o jejum da carne vermelha e a oração de 100 Ave- Marias todos os dias. É uma forma que posso cumprir”, diz, ressaltando que o sacramento é um caminho de se aproximar mais de Deus.
“É uma forma de alcançar ainda mais a graça de Deus em nossa vida”. Para Bruna, é importante frisar que cada pessoa tem sua particularidade. “É preciso que as pessoas entendam que ela não devam fazer algo que elas não vão cumprir ou algo que ser prejudicial à saúde. É necessário que cada pessoa veja o que ela pode fazer, ou por uma oração ou por um jejum de alguma coisa, e que isso não venha ser nenhum problema”.
De acordo com o padre Eliezer César Paiva, o tempo litúrgico da Quaresma propõe que a abstinência de carne pela norma canônica da igreja ocorre em apenas dois dias do ano. Na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira Santa. “Qualquer dia no ano, que a pessoa se abstenha de comer carne vermelha foi um ato deliberado dela. Ela (a pessoa) que decidiu, pela piedade, prática religiosa, pela orientação que recebeu da família”, explica o sacerdote.
O religioso ressalta, ainda, que “a abstinência da carne vermelha durante o período da quaresma, surgiu como fruto da tradição da igreja. Não é uma norma bíblica, é um preceito da tradição da igreja”, diz o padre, lembrando que para os católicos a fonte de fé não é só a bíblia. “Para nós que somos católicos, temos a escritura, a tradição da igreja e o magistério, ou seja: o ensinamento dos papas e dos bispos”.
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