IMPERATRIZ - Wlisses Lima Lucena senta no banco dos réus, em Imperatriz, nesta quarta-feira (29). O júri está marcado para às 9h da manhã, no Fórum Henrique de La Roque.
Ele responde pelos crimes de feminicídio de Rayane da Silva Morais, homicídio qualificado de Iranildes das Neves do Nascimento e tentativa de assassinato de Andressa Pereira de Souza.
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A acusação será feita pelo titular da 8ª Promotoria de Justiça Criminal de Imperatriz, Thiago Quintanilha. De acordo com a denúncia do Ministério Público, a acusado assassinou a ex-companheira a tiros em um salão no Bairro Nova Imperatriz, em novembro de 2021, por não se conformar com o término do relacionamento.
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O promotor de justiça Thiago Quintanilha sustenta a tese de que o assassinato da funcionária de Rayane, Iranildes das Neves Nascimento, e a tentativa de homicídio de Andressa Pereira, tiveram o intuito de não deixar testemunha do assassinato da ex. Andressa só conseguiu sobreviver porque o tiro disparado contra ela pegou de raspão na cabeça e a vítima fingiu que estava morta.
No caso de feminicídio e homicídio qualificado, o réu pode pegar de 12 a 30 anos de reclusão, cada. No caso de tentativa de homicídio, a pena pode ser reduzida em até dois terços.
O crime
De acordo com informações policiais, Ulisses Lima chegou ao salão de beleza no fim da manhã desta terça-feira, em um carro vermelho, e atirou contra as pessoas que estavam no local. Rayane Morais e uma diarista, identificada como Iraildes, não resistiram aos ferimentos e morreram no local do crime. Uma terceira vítima, que trabalha como manicure no salão, levou um tiro de raspão e foi encaminhada ao hospital.
A polícia também informou que Ulisses Lima teria cometido o duplo feminicídio por não se conformar com o fim do relacionamento com Rayane Morais. No último domingo (14), Rayane procurou a Delegacia Regional de Imperatriz para registrar um boletim de ocorrência: a jovem relatou que Ulisses invadiu a casa dela, quebrou objetos e agrediu seu namorado.
Rayane Morais disse ainda que Ulisses Lima só foi embora após a Polícia Militar ser acionada no local. Pouco depois, o suspeito a ameaçou por telefone, afirmando que ela poderia ir na polícia que, ainda assim, iria matá-la. O delegado regional Alex Andrade revelou que uma medida protetiva a favor de Rayane foi concedida pela Justiça após o boletim de ocorrência.
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