IMPERATRIZ - Dezenas de famílias que moram no residencial Itamar Guará, construído por meio do Programa Minha Casa Minha Vida, em Imperatriz, estão sem água potável há pelo menos cinco meses. Quando os moradores abrem as torneiras, sai junto com a água muita areia vermelha, que pode estar misturada ao barro. O problema, além de arriscar a saúde dos moradores que utilizam a água pra beber, por não ter condição de comprar água mineral, está entupindo as tubulações das casas com o material acumulado nos canos.
Pra tentar amenizar a situação e aproveitar a água para tarefas rotineiras como limpar a casa, o auxiliar de serviços gerais Antônio Cláudio desenvolveu uma espécie de filtro, utilizando garrafas pet. A água encanada passa pelos recipientes, que retêm o material, e a quantidade de areia armazenada nas garrafas é impressionante.
As donas de casa dizem que lavar roupa também fica difícil, porque o barro vai, aos poucos, manchando as peças. Uma delas se queixa até de coceira ao vestir as roupas, problema que ela acredita estar associado à água suja, mas a conta de água continua chegando normalmente, mesmo sem a garantia de qualidade para os consumidores.
A situação tem unido a vizinhança com a solidariedade da costureira Maria do Amparo, que costura coadores para serem colocados nas torneiras e distribui aos vizinhos. Técnicos da Companhia de Água e Esgoto (Caema) colheram material para análise, mas até agora não deram retorno às famílias.
Em nota, a “Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (CAEMA) informa que equipes estiveram no local e detectaram a necessidade de limpeza e desinfecção no poço tubular profundo do Itamar Guará. O serviço foi programado para janeiro”. Hoje (28), a assessoria informou que equipes farão manutenção nos reservatórios nesta sexta-feira (29).
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