Maranhão

Doze municípios estão em risco por causa de enchentes

O Estado

Atualizada em 27/03/2022 às 12h41

SÃO LUÍS - Relatório da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) 2011 apresentou dados atuais do monitoramento operacional dos municípios afetados pelas enchentes na região do Vale do Rio Mearim e os danos humanos provocados pelas cheias. Segundo o relatório, 12 municípios estão em situação de risco por causa das enchentes e enxurradas na Bacia dos rios Mearim, Itapecuru, Tocantins e Parnaíba.

Os municípios de Igarapé Grande e Trizidela do Vale tiveram a Situação de Emergência confirmada. Em Igarapé Grande, foram registrados 196 desalojados, 356 desabrigados e nenhuma morte. No município de Trizidela do Vale, a situação é mais grave. Até as 11h de ontem, 2.820 pessoas estavam desalojadas e 3.552 desabrigadas. Somando as outras cidades (Arari, Bacabal, Cantanhede, Imperatriz, Itapecuru-Mirim, Pedreiras, Pirapemas, São Luís Gonzaga do Maranhão, Timon e Vitória do Mearim), o total de desalojados é de 3.638 e 6.721 desabrigados.

Baixando

Segundo o secretário executivo da Defesa Civil do Estado do Maranhão, coronel Carlos Robélio dos Santos, o nível do Rio Mearim está baixando, mas não há possibilidades de volta das pessoas para as casas tomadas pelas águas. "Apesar de o volume do rio já estar baixando, não é recomendada a volta para a casa", argumentou. "Mantemos quatro bases permanentes da Defesa Civil nos municípios de Pedreiras, Trizidela do vale, São Luís Gonzaga do Maranhão e Bacabal", complementou o coronel.

O relatório também aponta a situação hidrográfica dos municípios. Entre as cidades com o nível do rio acima do normal estão: Bacabal ,com 7,08; Cantanhede, com 4; Imperatriz, com 9, Itapecuru-Mirim, com 4; Pedreiras, com 6,4; São Luís Gonzaga do Maranhão, com 4,4 e Trizidela do Vale, com 5,78. Os outros municípios mantêm o valor do nível sob observação da Defesa Civil, mas sem nenhuma definição.

Rede hospitalar

As inundações ocorridas nos municípios de Trizidela do Vale, Pedreiras e Bacabal não prejudicaram o funcionamento da rede hospitalar desses municípios, onde a assistência à saúde continua normal, conforme técnicos da Secretaria de Estado da Saúde (SES), que no sábado, dia 5, sobrevoaram a região, vistoriaram hospitais e visitaram desabrigados nessas três cidades.

Em Pedreiras, foi constatada uma das situações mais críticas. As instalações do Hospital Geral e Maternidade Municipal, único a prestar atendimento de urgência e emergência na cidade, foram invadidas pelas águas da chuva que caíram no município, semana passada. O problema tende a se repetir, uma vez que nos fundos do hospital, de 82 leitos, passa o igarapé São Francisco.

A Clínica Nossa Senhora das Graças também recebeu a visita dos técnicos. A unidade de saúde é particular, mas mantém um contrato com o Estado para receber pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Com boas instalações, o hospital, de 32 leitos, ainda pode ser melhor aproveitado.

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