NO RJ

Márcio Jerry critica operação policial com mais de 130 mortos

Para o deputado maranhense, o número de vítimas é um alerta sobre a necessidade de repensar o modelo de enfrentamento ao crime organizado.

Ipolítica

Deputado Márcio Jerry
Deputado Márcio Jerry (Divulgação)

MARANHÃO - O deputado federal maranhense Márcio Jerry (PCdoB) criticou, nesta quarta-feira (30), o resultado de uma operação policial que deixou mais de cem mortos no Rio de Janeiro. O parlamentar afirmou que não se pode normalizar uma ação que, segundo ele, foi “desastrada e trágica”.

“Não se pode normalizar uma operação policial desastrada, que tem como saldo mais de cem mortos”, declarou Márcio Jerry.

Críticas a discursos políticos

Segundo a Câmara dos Deputados, durante sua manifestação, o parlamentar também criticou o que chamou de “discursos simplistas” e o uso político das mortes registradas nas ações.

“Não podemos aceitar que discursos superficiais transformem a dor e os cadáveres em arma de disputa política”, afirmou o parlamentar.

Segundo ele, o debate sobre segurança pública precisa ser pautado por propostas reais e soluções concretas, e não por tentativas de capitalizar tragédias.

Solidariedade e proposta de ação coordenada

Márcio Jerry prestou solidariedade às famílias das vítimas, incluindo policiais mortos nas operações, e defendeu a necessidade de ações conjuntas entre os entes federativos para enfrentar o crime organizado.

“Expresso minha solidariedade a todas as famílias que perderam seus entes, especialmente aos familiares dos policiais. É preciso uma ação coordenada de todos os entes federados, com estratégias de inteligência, para criar soluções concretas capazes de combater e vencer o crime organizado”, declarou o deputado.

Operação

A Operação Contenção ocorrida nos complexos do Alemão e da Penha, na capital do estado, deixou mais de 130 mortos, mas a contagem de corpos – muitos retirados de área de mata pelos próprios moradores dessas comunidades – ainda não está fechada.

A operação já é considera a mais letal da história, superando em número de violações o Massacre do Carandiru, ocorrido em 1992, em São Paulo. Em retaliação, os criminosos interditaram 35 ruas em diversos pontos da cidade, com veículos atravessados, latões de lixo, barricadas e pilhas de materiais em chamas, gerando caos na cidade.

O governo do estado considerou a operação “um sucesso” e afirmou que as pessoas mortas reagiram com violência à operação. Segundo o governador Claudio Castro, aqueles que se entregaram foram presos. No total, foram feitas 113 prisões. 

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