Morre pré-candidato presidencial da Colômbia, baleado durante discurso
Senador Miguel Uribe tinha 39 anos de idade e atuava como pré-candidato à presidente da Colômbia; ele foi baleado em junho e estava internado desde então.
COLÔMBIA - O senador e pré-candidato presidencial colombiano Miguel Uribe Turbay, de 39 anos de idade, morreu na madrugada desta segunda-feira (11), depois de mais de dois meses de internação, devido a um atentado a bala sofrido no dia 7 de junho, em Bogotá. O ataque covarde contra o político ocorreu durante um comício no bairro Modelia, quando Uribe foi alvejado duas vezes na cabeça e uma na perna por um jovem de 14 anos, preso em flagrante.
Seis suspeitos de planejarem a participarem do crime estão sob custódia, e as investigações continuam para a elucidação completa do caso.
Uribe, filiado ao partido Centro Democrático e opositor ao governo de Gustavo Petro, era neto do ex-presidente Julio César Turbay Ayala e filho da jornalista Diana Turbay, assassinada em 1991 pelo Cartel de Medellín. Ele deixa a esposa, María Claudia Tarazona, um filho de 4 anos e três enteadas. Tarazona confirmou a morte em uma mensagem emocionada nas redes sociais, prometendo cuidar dos filhos do casal.
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Internado na Fundação Santa Fe, Uribe passou por múltiplas cirurgias, mas seu estado piorou devido a uma hemorragia cerebral aguda, relatada em 9 de agosto, levando a uma cirurgia de emergência. Apesar dos esforços médicos, ele não resistiu.
O atentado e a morte de Uribe reacendeu alerta para possíveis casos de violência política na Colômbia, remetendo aos assassinatos de candidatos nos anos 1980 e 1990, como Bernardo Jaramillo, Carlos Pizarro e Luis Carlos Galán. Mais de 70 mil pessoas marcharam em Bogotá em repúdio ao ataque. O ex-presidente Álvaro Uribe Vélez lamentou a perda, afirmando que “mataram a esperança”, enquanto o senador americano Marco Rubio exigiu justiça.
Uribe Turbay, advogado formado pela Universidade de Los Andes e com mestrado em Administração Pública por Harvard, destacou-se como concejal de Bogotá aos 25 anos e como senador, sendo uma voz crítica à política de paz total do governo Petro. Sua morte gerou comoção nacional, com condolências de líderes como o prefeito de Barranquilla, Alejandro Char, e o governador do Atlântico, Eduardo Verano.
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