EUA - Neste sábado (18), mais de 2.600 manifestações "No Kings" ocorreram em todo o território dos Estados Unidos, reunindo milhares de pessoas em protesto contra o que consideram tendências autocráticas e ações antidemocráticas do presidente Donald Trump.
Organizadas por uma coalizão de grupos progressistas, as manifestações visam expressar a oposição às políticas do governo, incluindo processos criminais contra opositores políticos, operações de imigração em massa e o envio de tropas federais para cidades americanas.
Participação massiva em diversas cidades
As manifestações ocorreram em grandes cidades como Nova York, Boston, Chicago, Atlanta e Houston, além de pequenas cidades e algumas capitais estrangeiras. Em Washington, D.C., os manifestantes marcharam em direção ao Capitólio, carregando cartazes, bandeiras dos EUA e balões, criando uma atmosfera pacífica e festiva.
Em São Francisco, manifestantes usaram fantasias infláveis, enquanto em outras cidades, pessoas vestiram listras em referência a trajes de prisão e exibiram grandes cabeças caricaturais de Trump, com cartazes pedindo um novo impeachment.
Críticas às políticas do governo Trump
Desde que assumiu o cargo há 10 meses, Trump intensificou a fiscalização sobre a imigração, reduziu a força de trabalho federal e cortou o financiamento de universidades de elite devido a questões como protestos pró-palestinos contra a guerra de Israel em Gaza, diversidade no campus e políticas para transgêneros.
Os manifestantes expressaram preocupação com o que consideram um abuso de poder e uma ameaça à democracia americana. Aliston Elliot, um dos participantes, usou um capacete da Estátua da Liberdade e segurava um cartaz "No Wannabe Dictators" (sem aspirantes a ditadores), afirmando: "Queremos mostrar nosso apoio à democracia e à luta pelo que é certo. Sou contra o excesso de poder".
Organizações envolvidas e apoio jurídico
Mais de 300 grupos de base ajudaram a organizar as marchas deste sábado. A American Civil Liberties Union (ACLU) forneceu treinamento jurídico a dezenas de milhares de pessoas que atuaram como "xerifes" nas várias marchas, treinando-as para reduzir a violência e garantir a segurança dos participantes.
Leah Greenberg, cofundadora da Indivisible, uma organização progressista que é a principal organizadora das marchas "No Kings", afirmou: "Não há nada mais americano do que dizer: 'Não temos reis' e exercer nosso direito de protestar pacificamente".
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