Posse

Vice assume Prefeitura de Santa Inês após afastamento de Felipe dos Pneus

Solenidade de posse ocorreu na Câmara Municipal da cidade, em sessão comandada pelo presidente da Casa, Josino Catarino (Republicanos).

Gilberto Léda/ipolítica

Atualizada em 27/04/2022 às 21h17
Sirino Pereiria compareceu à Câmara para a posse
Sirino Pereiria compareceu à Câmara para a posse (Jane Mendes/TV Mirante)

SANTA INÊS - O vice-prefeito de Santa Inês, Sirino Rodrigues Pereira (PTB), foi empossado na noite desta quarta-feira (27) como novo prefeito da cidade.

A solenidade de posse ocorreu na Câmara Municipal da cidade, em sessão comandada pelo presidente da Casa, Josino Catarino (Republicanos).

Com a ascensão ao cargo - mesmo que interinamente, caso Pneus seja reconduzido ao comando da gestão -, o petebista torna-se inelegível para o cargo de deputado estadual, que ele almejava disputar nas eleições outubro. Segundo a Lei Eleitoral, um prefeito deve renunciar ao mandato até seis meses antes do pleito.

Pereira assume posto em substituição a Felipe dos Pneus (Republicanos), afastado do cargo por decisão da Justiça Federal, após pedido da Polícia Federal, que o acusa de participação em fraude licitatória que teria gerado contrato irregular de R$ 8,5 milhões com uma empresa fornecedora de medicamentos e insumos hospitalares.

Segundo a gestão municipal, a licitação alvo da investigação foi realizada em 2017, na gestão da ex-prefeita Vianey Bringel.

“Estamos colaborando com as averiguações. É de total interesse da gestão que os fatos sejam devidamente esclarecidos e a verdade seja apurada", diz uma nota oficial emitida pela Prefeitura Municipal.

O Imirante apurou, contudo, que a investigação concentrou-se, preliminarmente, em duas contratações do ano de 2021, primeiro da atual gestão. Um dos contratos ainda estaria em vigor.

Segundo a PF, no curso da investigação, constatou-se, inicialmente, que o Município de Santa Inês realizava adesões fraudulentas a Ata de Registro de Preços de outros municípios sem que houvesse o requisito de “vantagem” para a administração pública, posto que, em um dos casos investigados, havia o sobrepreço de 215%.

Os contratos investigados envolvem uma empresa sediada em Teresina (PI). Na ação de hoje, foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão e sete de constrição patrimonial, com valores que chegam a R$ 8,5 milhões.

"Apesar do alto valor das contratações realizadas pela Secretaria de Saúde daquele município, há informações nos autos indicando que, em determinados períodos, estariam faltando materiais básicos no hospital e rede pública municipal, tais como seringas, soro fisiológico, fios cirúrgicos e remédios psicotrópicos, obrigando os cidadãos a procurarem atendimento hospitalar em municípios vizinhos”, diz um comunicado da PF sobre o caso.

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