Testemunha do caso Adriana Oliveira conta que ouviu voz feminina falando: 'por que tão fazendo isso comigo?'
Influenciadora Adriana Rosa Oliveira, de 27 anos, foi morta a tiros dentro de casa em Santa Luzia, no interior do Maranhão, no último dia 15.
SANTA LUZIA - O capitão da Polícia Militar em Santa Luzia, Lucas Protázio, divulgou informações sobre o caso da influenciadora Adriana Oliveira, em que uma testemunha se apresentou, espontaneamente, na tarde dessa segunda-feira (24), na delegacia. Ele repetiu o depoimento trazendo novos detalhes sobre o que teria acontecido naquele dia. (Veja o vídeo acima)
"Uma testemunha nos procurou, informou que é um dos vizinhos da vítima e que, no dia do crime, escutou vozes altas e, posteriormente, um disparo de arma de fogo. Depois, escutou uma voz feminina falando: 'mas amor, por que tão fazendo isso comigo?' Depois, passaram alguns segundos e ele escutou três estampidos de arma de fogo e uma voz masculina vindo de dentro da casa, falando: 'ó meu Deus, ó meu Deus'. Depois de alguns minutos, já escutou várias pessoas na residência, que foi quando todo mundo já ficou sabendo", relatou o capitão da PMMA.
A influenciadora Adriana Rosa Oliveira, de 27 anos, foi morta a tiros dentro da própria casa em Santa Luzia, no último dia 15. Trechos de áudios que foram enviados pela influenciadora para pessoas próximas revelam medo e desconfiança após uma visita do sogro na companhia de um homem suspeito. O sogro e o marido de Adriana seguem presos por suspeita da participação no crime.
Nos áudios, a influenciadora diz que o sogro, conhecido como Antônio do Zico, foi até sua residência na companhia de um homem desconhecido para olhar um caminhão estacionado, próxima a casa de Adriana. De acordo com o relato da vítima, o sogro não teria falado com ela e, ao ver ele acompanhado de um homem, ela relata que o sogro tinha levado 'um capanga' para matar ela', diz Adriana em um trecho do áudio.
"Ele [o sogro] não falou comigo primeiro, parou lá perto do caminhão. Ai desceu um homem mais com ele. Aí eu falei 'pronto, trouxe um capanga para me matar mesmo'. Os dois ficaram arrodeando o caminhão, mas muito desconfiado os dois, 'fia'", disse Adriana.
Em um outro trecho do áudio, a vítima revela ter ficado com medo da atitude suspeita e, diante disso, teria se trancado dentro de casa. Ainda no áudio, Adriana relata que achou que o sogro e o homem desconhecido estariam verificando se haviam câmeras de segurança no muro da casa onde ela morava.
"Eu tô até agora presa aqui dentro de casa porque, eu não achei, eu não achei assim que foi só pra vir o caminhão não. Ele desceu e eu para mim filha, acho que ele estava 'curiando' se tinha câmera olhando o muro", relatou a influenciadora.
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Além disso, no fim de semana, outro homem que inicialmente se apresentou como testemunha passou a ser considerado suspeito. Ele havia afirmado não conhecer o sogro de Adriana, mas a polícia confirmou que havia uma ligação entre eles. O homem foi liberado após prestar novo depoimento.
Desde o dia 16 de março, o marido de Adriana, Valdiley Paixão Campos, e o sogro, Antônio do Zico, estão presos por suspeita de participação no crime contra a influenciadora. O caso segue sendo investigado para identificar quem efetuou os disparos, qual a motivação do crime e se há outras pessoas envolvidas no caso.
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