Interdição

Indígenas ocupam trecho da Estrada de Ferro Carajás

Índios pediram cumprimento do acordo que atenderia às exigências do grupo.

Diego Torres/Imirante

Atualizada em 27/03/2022 às 12h06

SÃO LUÍS - A Estrada de Ferro Carajás (EFC) foi interditada, no início da manhã desta quarta-feira (10), por índios da Aldeia Maçaranduba, nas proximidades de Alto Alegre do Pindaré. De acordo com informações, aproximadamente, 400 índios, de diversas etnias, protestaram contra o não cumprimento do acordo que atenderia às exigências do grupo, entre as quais, a mudança da diretoria do Distrito Sanitário Especial Indígena no Maranhão.

Um dos manifestantes, Soriano Guajajara, disse ao Imirante.com que o prazo de atendimento das reivindicações era até às 12h dessa terça-feira (9) e, como não houve nenhuma resposta, a Estrada de Ferro Carajás foi novamente interditada.

Por meio de nota, a Vale informou que não há viagens programadas para esta quarta-feira e reiterou que a manifestação aconteceu por causa de problemas com o Poder Público e os indígenas.

Recentemente, no dia 5 de julho, policiais federais e militares estiveram no município de Açailândia, para garantir o cumprimento de uma reintegração de posse.

Veja, na íntegra, a nota da Vale:

A Vale informa que a Estrada de Ferro Carajás (EFC) está interditada por indígenas de diversas etnias do Maranhão, no trecho do Km 289. A manifestação não é direcionada à Vale. Os indígenas reclamam que até o momento o poder público não atendeu nenhuma de suas reivindicações por melhorias nas condições de saúde e educação, dentre outras reivindicações.

Hoje, quarta-feira, 10/7, não há viagem no Trem de Passageiros, sendo que o serviço não poderá ser prestado as comunidades enquanto a ferrovia permanecer interditada.

A Vale já obteve decisão de reintegração de posse na Justiça Federal, e aguarda o cumprimento da desocupação da EFC, pois qualquer ato público ou manifestação deve respeitar o Estado Democrático de Direito e o direito constitucional de ir e vir das pessoas que utilizam o transporte público ferroviário.

A Vale respeita o direito de manifestação dos Povos Indígenas e busca estabelecer um relacionamento positivo, construtivo e de confiança mútua com essas comunidades. Contudo, a empresa repudia ações de violência que põe em risco a segurança das pessoas e o patrimônio público e privado.

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