SÃO LUÍS – O Conselho Temático de Assuntos Legislativos da FIEMA, liderado pelo vice-presidente executivo da entidade, Cláudio Azevedo, integrou, na última sexta-feira, 10, a primeira reunião virtual de 2023, realizada em conjunto com a Rede Governança Brasil (RGB), coordenada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). A RGB é um Comitê de Governança para a Indústria e tem como objetivo incluir as contribuições do setor produtivo para o fortalecimento da pauta de governança no Brasil. O seminário REdIndústria - Construindo a Agenda Legislativa - contou com a participação de diversas associações setoriais, no qual são debatidos os temas e proposições que farão parte da Agenda Legislativa da Indústria para o ano corrente.
O presidente do Sindicato da Indústria da Construção de Obras Rodoviárias do Maranhão (SINDICOR), Flávio Barbosa Lima, participou presencialmente do evento, enquanto Milton Santos Campelo da Silva, presidente do Sindicato das Indústrias de Cana e Álcool do Estado do Maranhão (SINDICANAALCOOL) acompanhou as discussões de forma virtual.
Nesta reunião, foram discutidas as propostas prioritárias para os 100 primeiros dias de governo, as perspectivas para a área de meio ambiente em 2023, pautas prioritárias e relatos sobre o legislativo, além de ações no executivo e perspectivas da CNI.
“O foco é a apresentação do plano de retomada da indústria e isso nós entendemos relevante, até para uniformizar o entendimento das Federações. Se todos nós estivermos unidos no mesmo objetivo, certamente alcançaremos com mais facilidade e com mais êxito o que a gente se propõe”, disse diretora de Desenvolvimento Industrial e Economia da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Lytha Battiston Spindola, que fez a introdução das apresentações do encontro virtual.
O plano de desenvolvimento da indústria, que se chama plano de retomada da indústria, foi confeccionado no final de 2022 com a perspectiva de mudança de governo com as medidas mais importantes para melhorar a competitividade no país ao retomar o crescimento econômico principalmente da indústria.
O plano visa beneficiar todos os setores da economia e está alinhado com as diretrizes internacionais, com a questão de meio ambiente, que são essenciais para a inserção do país no comércio internacional, para as exportações brasileiras e para o investimento produtivo também interno.
Para Cláudio Azevedo, a reunião é importante para que as Federações saibam quais são os projetos que, de fato, são prioritários, realmente interessam para a indústria, e que devem constar na Agenda Legislativa. “A FIEMA realizará uma forte mobilização para atuar nas prioridades para o desenvolvimento do país e no que for positivo para a indústria brasileira, no que diz respeito ao andamento de projetos relevantes para o setor”, assevera.
INDÚSTRIA MAIS COMPETITIVA - Uma das preocupações da iniciativa visa nivelar a capacidade de competição da produção brasileira junto aos concorrentes internacionais. Dessa forma, o documento inclui planos de desenvolvimento, medidas de apoio aos setores de produtos estratégicos na união europeia, no Japão, China e em vários países que se preocupam com o estabelecimento de uma cadeia amigável de suprimentos, em investir em alta tecnologia de inovação para ganhar inserção e escala para venda internacional.
O plano possui ainda medidas horizontais que beneficiam toda a economia e medidas verticais, voltadas para energia, transição energética, para a questão da saúde de toda a cadeia de produção do setor, inclusive equipamentos, vacinas etc.
Também há missões direcionadas a resolver problemas importantes da sociedade. “Queremos ter o plano completo até o final de março. A ideia é que esse plano sirva de subsídio às ações do governo que se inicia e que ele pudesse pautar essas discussões. Não é um plano teórico, nem acadêmico, mas um plano que têm medidas concretas, propostas, minutas de projetos de lei e toda a disciplina legal necessária para implementar as medidas”, evidenciou Lytha Battiston Spindola.
Com este plano, o governo terá todos os elementos para implementar as ações propostas logo nos primeiros dias de governo. “Nós já temos a manifestação de interesse de muitos ministérios do governo nas propostas que nós construímos. Entendemos que isso é importante, essa é a janela de oportunidade de fazer uma
reforma mais substancial na economia, nos velhos assuntos que tiram a competitividade da indústria brasileira e essas ações precisam ser realizadas logo no primeiro ano de governo”, afirmou a diretora da CNI, Lytha Battiston Spindola.
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