EM QUATRO ANOS

Gastos com a Previdência devem aumentar em R$ 100 bilhões

A política de valorização do salário mínimo deverá resultar em um aumento de R$ 100 bilhões nos gastos com a Previdência Social em quatro anos, segundo estimativas de Fabio Giambiagi

Ipolítica

Atualizada em 01/07/2024 às 11h00
Política econômica do presidente Lula deve fazer explodir gastos com a Previdência.
Política econômica do presidente Lula deve fazer explodir gastos com a Previdência. (Marcelo Camargo / Agência Brasil)

BRASÍLIA - De acordo com estimativas do economista Fabio Giambiagi, a política de valorização do salário-mínimo deve aumentar os gastos com a Previdência Social em R$ 100 bilhões nos próximos quatro anos. Em 10 anos, esse impacto pode chegar a R$ 550 bilhões. Em 2025, as despesas com benefícios previdenciários devem alcançar R$ 972 bilhões, segundo projeções do governo federal.

A valorização do salário-mínimo, que inclui reajustes pela inflação e pelo crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB), resultou em um aumento de 3% acima da inflação em 2024. Em 2025, o ganho real previsto é de 2,9%, mesma variação do PIB registrada em 2023. Apenas o ganho real do salário mínimo representa um aumento de R$ 12 bilhões nas despesas, podendo chegar a R$ 131 bilhões entre 2025 e 2028.

PRESSÃO NO ARCABOUÇO FISCAL

Além de impactar a Previdência, a política de valorização do salário-mínimo também pressiona o arcabouço fiscal, cujo limite de crescimento é mais lento, até 2,5% acima da inflação. Fabio Giambiagi destacou que a mudança na regra tem efeitos significativos para o futuro da Previdência Social, afirmando que a reforma de 2019 não foi projetada para reduzir a despesa do INSS.

Na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que não alterará a política de valorização do salário mínimo. O presidente descartou a hipótese de desvinculação de pensões e benefícios da política de ganhos reais do mínimo, como aventado pela equipe econômica do governo. Durante uma cerimônia em Minas Gerais, Lula defendeu a manutenção do salário-mínimo.

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