Governo "culpa" Jerry por formação do bloco de oposição na Assembleia
Para os governistas, presidente estadual do PCdoB, Márcio Jerry, poderia compor o bloco com o Podemos; proposta chegou a ser feita pelo vice-governador, Felipe Camarão.
SÃO LUÍS - O caminho para as mudanças no governo parece ser sem volta após a consolidação do bloco Parlamento Forte que tem o PCdoB junto o Solidariedade, partido de oposição ao governo na Assembleia Legislativa.
E o Palácio dos Leões mira como culpado o presidente estadual do PCdoB, deputado federal Márcio Jerry. Para os palacianos, se o partido queria entrar em comissões, que composse com o Podemos. Ou se não quisesse ser visto como oposição, que desse a carta de anuência para a deputada Ana do Gás deixar a legenda e assim não permitir a formação do bloco.
Para o governo, Jerry alegou que não controla os deputados do PCdoB que decidiram se juntar com o partido de Othelino Neto.
Por não ter “impedido” a formação do bloco, o mais provável é que Márcio Jerry perca a Secretaria Estadual de Cidades (Secid), que, por sinal, tem sido colocado à mesa na negociação com o deputado Josimar de Maranhãozinho (PL).
A promessa do Leões é que mais mudanças aconteçam diante do avanço da oposição na Assembleia. Avanço esse que tem os deputados Carlos Lula e Francisco Nagib tentando deixar o PSB para entrar no PCdoB e aumentar o bloco Parlamento Forte.
Distanciamento
A consolidação do bloco do PCdoB e Solidariedade levou o vice-governador Felipe Camarão (PT) a anunciar seu distanciamento do deputado Othelino Neto, que parecendo um jogo combinado, também fez o anúncio de afastamento de Camarão.
O que o governo espera agora é uma posição do vice-governador em relação aos demais membros do bloco Parlamento Forte.
Isso implica em Felipe Camarão se afastar também dos chamados deputados dinistas (os governistas de oposição).
Jogo combinado
Sobre o bloco do PL na Assembleia Legislativa, há um jogo combinado mesmo entre Josimar e o Palácio dos Leões.
Tanto que as indicações do partido para as comissões foram feitas alinhadas com o governo, que escolheu os deputados mais próximos para ocupar comissões importantes.
Entre os escolhidos está o João Batista Segundo, que assumiu agora na Casa, que vai ser um dos membros da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a mais importante entre as comissões.
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