DESAPARECIMENTO

Há 20 dias sem notícias, família de maranhense desaparecida em Portugal pede urgência nas buscas

Francisca Maria Santos foi vista pela última vez ao sair para jogar o lixo. Familiares dizem que autoridades brasileiras e portuguesas não têm dado retorno efetivo.

Imirante.com, com informações do g1 MA

Atualizada em 10/07/2025 às 20h19
Francisca Maria Santos foi vista pela última vez ao sair para jogar o lixo.
Francisca Maria Santos foi vista pela última vez ao sair para jogar o lixo. (Arquivo pessoal)

SÃO LUÍS - A Polícia Judiciária de Portugal investiga o desaparecimento de Francisca Maria Santos, maranhense de 44 anos que mora há cerca de quatro anos no país europeu. Ela foi vista pela última vez no dia 20 de junho, ao sair de casa, em Tabuaço, região de Viseu, para descartar o lixo. Desde então, a família no Brasil não teve mais contato com ela e vive dias de angústia, sem respostas concretas das autoridades.

O caso foi relatado ao g1 pelo irmão da desaparecida, o artista plástico Antônio Santos, que viajou de São Luís até Portugal para acompanhar as buscas. Ele relata que o último contato aconteceu no mesmo dia do desaparecimento.

"No dia 20 de junho, a gente teve o último contato com ela. A visualização dela no WhatsApp foi às 11h30 no horário de Portugal. Sendo que minha mãe tinha conversado com ela até às 13h38 no horário do Brasil, por videochamada. E daí então a gente não teve mais contato", contou.

Francisca trabalhava como cozinheira em um restaurante da cidade e havia conseguido recentemente a autorização de residência em Portugal. Segundo Antônio, ela fazia planos para tirar a carteira de habilitação e visitar o Maranhão nos próximos meses, junto com o namorado.

“Ela estava muito feliz porque tinha conseguido a licença para viajar de Portugal para o Brasil e voltar sem ter nenhum impedimento. Ela estava muito feliz e, inclusive, estava até tirando a carta, no caso, a carteira de habilitação, e estava deixando agora para os meses seguintes, após tirar a carta, para poder viajar junto ao namorado para o Maranhão”, disse.

O desaparecimento foi comunicado à polícia portuguesa pelo próprio namorado de Francisca, identificado como Luis, no dia seguinte ao sumiço. O patrão dela também estranhou quando ela não apareceu para trabalhar.

“Nunca faltou um dia sequer sem ligar”, declarou o Chefe de Francisca.

Antônio destaca que a irmã tinha o hábito de ligar todos os dias por videochamada para falar com a mãe, o que torna o sumiço ainda mais preocupante.

A família afirma ter procurado diversas instituições brasileiras em busca de ajuda, como o Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty), os consulados do Brasil em Lisboa e no Porto, além da Polícia Federal. Até agora, segundo Antônio, ninguém ofereceu suporte efetivo.

“Eles falaram que não faziam nada disso, que eles não tinham esse poder, de investigar. Claro que eu sei que não é eles que fazem investigação, mas sim que podiam intermediar de alguma forma. [...] A gente ficou muito triste com essa situação, porque eu acredito que como qualquer brasileiro que esteja no exterior, a gente tem que recorrer ao consulado. É isso que eles falam, é isso que é a lei, pra quem tá fora. Aí depois, quando você procura, eles se negam”

Inicialmente, a investigação estava sob responsabilidade da Guarda Nacional Republicana (GNR), mas foi repassada à Polícia Judiciária, que confirmou por meio de nota ao g1 que o caso está em andamento.

Mesmo assim, para a família, a demora tem sido desesperadora.

“Nós queremos ela, minha mãe, nós todos da família, as pessoas, amigos. Estamos passando por um momento muito difícil, complicado. Estamos aqui desesperados, aflitos, tentando encontrar ela. Mas as autoridades só falam que a investigação pede para a gente aguardar mais. Só que aguardar já são 20 dias, não tem tempo, é urgente, é uma coisa pra logo. E a gente não tem essa informação concreta", desabafa Antônio.

Por meio de nota, o Ministério das Relações Exteriores, por intermédio do Consulado-Geral do Brasil no Porto, informou que acompanha o caso em contato com a família da brasileira.
 

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