SÃO LUÍS - Os motociclistas chegaram à sede da Secretaria de Segurança Pública (SSP), na Vila Palmeira, depois das 10h desta quarta-feira (27). O Viaduto do Café ficou interditado pela categoria que saiu em protesto por avenidas da capital logo cedo. A manifestação ocorre após o assassinato do motorista de aplicativo Franklin César, na região do Bequimão.
O protesto iniciado em frente à Assembleia Legislativa do Maranhão, no Cohafuma, também percorreu a avenida Castelo Branco, no São Francisco, causando lentidão no trânsito por onde passava.
A Ponte José Sarney, também conhecida como Ponte do São Francisco, foi bloqueada pelos motociclistas de aplicativos durante o protesto nesta manhã, e logo depois eles fecharam a rampa de acesso ao Palácio dos Leões, sede do governo do Estado.
Agora, representantes da categoria se reúnem com autoridades para buscar melhorias na área da segurança e dar tranquilidade aos trabalhadores.
Primeiros protestos, depredação e tiros
Na tarde dessa terça-feira (26), a categoria parou o trânsito durante uma manifestação nas avenidas Daniel de La Touche e Jerônimo de Albuquerque, nas proximidades do Elevado da Cohama, provocando intenso engarrafamento. Agentes da Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte (SMTT) e da Polícia Militar do Maranhão (PMMA) foram acionados para controlar o tráfego.
Durante o protesto, os participantes cobraram respostas das autoridades e denunciaram a vulnerabilidade enfrentada diariamente por quem trabalha com transporte por aplicativo.
Enquanto isso, um corpo foi encontrado no entorno de uma obra inacabada na Península do Ipase.
Motociclistas também realizaram, na noite dessa terça-feira, uma manifestação na entrada do Residencial Península do Ipase, no bairro Bequimão, em São Luís.
De acordo com informações da Polícia Militar do Maranhão (PMMA), pelo menos dois tiros foram disparados do Residencial Península do Ipase em meio a uma tentativa de invasão de alguns motoqueiros, porém, não houve feridos. A situação foi controlada por equipes do Batalhão de Choque e do 8º Batalhão da PMMA, e os manifestantes deixaram o local.
Por meio de imagens que circulam nas redes sociais, é possível ver um grupo tentando escalar e derrubar redares semafóricos da Avenida Daniel de La Touche, em São Luís, enquanto outro motociclista joga uma pedra no equipamento.
Prisão de suspeito da morte de Franklin César
um suspeito de envolvimento no homicídio e na ocultação do corpo do motociclista de aplicativo Franklin César prestou depoimento e já está à disposição da Justiça. Ele foi preso na tarde desta terça-feira (26) em São Luís.
Wendel Araújo da Silva, de 21 anos, conhecido como "Carioca", é apontado pela investigação como líder de facção criminosa na região onde o corpo foi encontrado e teria autorizado o homicídio do motorista, no último domingo (25), segundo a SSP-MA.
Ainda de acordo com nota divulgada pela Secretaria de Segurança Pública, a vítima, que deixava uma passageira no local, teria sido confundida com integrante de facção rival.
Governador do Maranhão fala sobre a situação
O governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSB), se manifestou oficialmente na manhã desta quarta, a respeito do crime cometido contra o motociclista de app, Franklin César, e a série de protestos realizados por motociclistas desde a noite de terça-feira (26).
Brandão se solidarizou aos familiares e amigos da vítima e informou que a polícia prendeu ontem mesmo, o suspeito de cometer o crime, conhecido como Carioca e que é líder de uma facção criminosa.
“Minha solidariedade à família, aos amigos e aos colegas de trabalho do motociclista de aplicativo Franklin César. Compreendemos a indignação de todos. É inadmissível um trabalhador não retornar para casa por conta de ações criminosas como essa”, disse.
E completou: “Informo que desde o registro da ocorrência de seu desaparecimento, nossas forças de segurança atuam nas investigações do caso e já prenderam um suspeito. As equipes seguem firmes até que todos os envolvidos sejam localizados e presos. O estado não vai se intimidar! Reforçamos ainda mais o policiamento ostensivo na Grande Ilha e assim faremos em todo o Maranhão, para proteger e garantir que as pessoas possam viver com segurança”, pontuou.
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