Empresas maduras fazem diagnóstico, as imaturas sobrevivem ao acaso

Se eu perguntasse hoje para você, empresário, como está a sua empresa, seja sincero: você conseguiria responder com clareza as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças que ela apresenta nos quesitos de gestão de pessoas, processos, jornada do cliente, satisfação do cliente, gestão de estoque, liderança e outros aspectos?

A realidade é que muitas empresas operam sem essa clareza, e isso impacta fortemente sua capacidade de sobreviver e crescer. Para você ter noção do que estou falando, separei alguns dados que mostram essa realidade:

• Segundo levantamento do Sebrae, 17% das empresas afirmam não ter feito nenhum planejamento estratégico quando foram criadas, e 59% disseram que fizeram planejamento apenas para até 6 meses.
• Uma outra pesquisa da Falconi indica que 61% das empresas brasileiras não possuem um planejamento estratégico formalizado. Isso significa que, para a maioria, não existe documentação clara ou metas definidas para o futuro, as vezes tá só na cabeça do dono (e de forma desorganizada).
• Um outro estudo do Programa Brasil Mais mostrou que empresas que participam do projeto registraram aumento médio de produtividade de até 30,6% e faturamento 18% acima dos demais em determinados ciclos. Ou seja: empresas que recebem suporte e orientação de consultorias para melhorar gestão e processos se destacam muito. 

Esses dados indicam que muito provavelmente, se você não tem clareza sobre seus próprios indicadores de desempenho, satisfação do cliente, liderança, estoque, etc, sua empresa está funcionando “no escuro”, tomando decisões com base em percepções ou urgências, e não em diagnósticos sistemáticos.

O que sempre digo para alunos e mentorandos é que para uma boa gestão de negócios, você precisa ter uma visão correta e adequada de como sua empresa está. Isso inclusive ajuda no processo de planejamento estratégico. O que acontece é que muitos empresários estão mais preocupados com o fim do mês do que com o futuro das suas organizações, e neste quesito negligenciam pontos importantes como, por exemplo, onde essa empresa estará daqui a dois anos.

Realizar o diagnóstico da empresa com critério, metodologia, ferramentas e periodicidade é fundamental para a saúde do negócio. Imagine que, assim como um ser humano faz exames de sangue para identificar taxas e vitaminas do corpo, uma empresa também precisa fazer diagnóstico periódico.

O final do ano já está bem ai batendo a porta e é essencial que empresários e gestores parem para já pensar o ano de 2026 e, se possível, já prever ações inovadoras também para o ano de 2027. Mas, para isso é essencial utilizar algumas ferramentas, que vou te explicar agora, como por exemplo: Análise SWOT, matriz de benchmark e análise PESTEL.

FERRAMENTAS ÚTEIS PARA DIAGNOSTICAR A REALIDADE DA EMPRESA

• Análise SWOT (Strengths, Weaknesses, Opportunities, Threats): é uma matriz que mapeia pontos internos (forças e fraquezas) e externos (oportunidades e ameaças). Serve para entender onde você está bem, onde está vulnerável, que cenários do mercado podem ajudar ou atrapalhar. Minha orientação é que essa análise seja feita sempre de forma coletiva com diferentes pessoas e áreas, afinal de contas, quanto mais visões, melhor. 
• Benchmarking: comparar seus indicadores, práticas e resultados com outras empresas do mesmo setor ou com empresas referência. Ajuda a identificar boas práticas, padrões de eficiência e encurtar a curva de aprendizado. Quando o tema é atendimento, vendas e jornada do cliente, costumo visitar a concorrência para avaliar o que eles estão fazendo de diferente e traduzimos isso em quadros avaliativos, o que permite o empresário ter uma noção melhor de onde está superior e onde precisa melhorar. 
• Análise PESTEL (Político, Econômico, Social, Tecnológico, Ecológico, Legal): olhar macro para fatores que impactam o negócio de fora para dentro. Por exemplo, mudanças regulatórias, tendências sociais, inovações tecnológicas, variáveis econômicas que podem afetar custos ou demanda da empresa. Vejo muito empresário sendo pego de supresa.

Com esses dados na mão, é possível pensar e executar ações práticas para crescimento do negócio.

COM DIAGNÓSTICOS BEM FEITOS VOCÊ CONSEGUE:

• Melhorar sua performance financeira: cortar desperdícios, identificar onde o investimento traz retorno, ajustar preços.
• Elevar a satisfação dos clientes: entender sua jornada, detectar pontos de atrito, fidelizar.
• Desenvolver novos produtos ou serviços alinhados ao que o mercado está demandando.
• Expandir mercado ou canais de venda, inclusive digital, identificando oportunidades.
• Melhorar gestão de pessoas: liderança, cultura, engajamento, capacitação.
• Manter ou conquistar liderança no seu nicho, destacando-se pela qualidade, eficiência ou inovação.

Você já parou para usar essas três ferramentas integradas na sua empresa? Se não, te convido a fazer isso ainda essa semana e ter um diagnóstico completo da sua operação.

Para mais dicas, ouça meu podcast.  
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Fernando Coelho  
Diretor do Instituto Experiência do Cliente. Palestrante e Autor dos livros Gestão de Vendas e Experiência do Cliente, CX Descomplicado, Fidelizando o Cliente na Prática e mais 4 obras. Selecionado pela Metricx como um dos melhores autores brasileiros na área de Experiência do Cliente. Conselheiro Consultivo de empresas. Doutorando em Gamificação pela Universidade de Coimbra. Professor de Negócios na ESPM Rio, UEMA e Instituto Navigare. Mentor e Treinador de Negócios para marcas como Vale, Samsung, Mercedes Benz, Boticário, Grand Cru, Hotel Blue Tree e outras.

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