Responsabilização

Secretário de Segurança afirma que legislação é “frágil” e critica soltura rápida de criminosos

Secretário de Segurança Pública do Maranhão responsabiliza leis pela liberação de criminosos após prisões e reforça ações policiais na Grande São Luís

Ipolítica

Atualizada em 24/10/2025 às 19h16
Maurício Martins, ssecretário de Estado da Segurança Pública do Maranhão
Maurício Martins, ssecretário de Estado da Segurança Pública do Maranhão (Reprodução/GloboNews)

SÃO LUÍS – Ao longo de várias entrevistas concedidas nesta sexta-feira (24) sobre a onda de ataques na Grande São Luís, um ponto central foi destacado com demasia pelo secretário de Estado da Segurança Pública do Maranhão, Maurício Martins: a legislação penal brasileira.

Maurício reiterou, por diversas vezes, que a lei é falha e contribui para que criminosos sejam rapidamente liberados após prisões. Para o secretário, o sistema de Justiça protege mais os criminosos do que os cidadãos.

O Brasil precisa de uma nova legislação que trate com rigor as facções criminosas, porque elas praticam atos terroristas. São organizações criminosas, confrontando o Estado brasileiro. E isso nós não podemos aceitar. O que falta para o Estado brasileiro se antecipar isso? Falta os legisladores resolverem a questão de uma nova legislação criminal que trate com rigor esse tipo de crime. É uma nova criminalidade no Brasil que a gente não pode mais esperar”, disse, em entrevista à GloboNews.

Agora, essas pessoas precisam ficar presas. Elas foram presas através de mandato de prisão ou de prisão em flagrante e elas precisam ser presas. A nossa legislação é muito branda com o criminoso. Não raras vezes sai em menos de 24 horas com audiência de custódia, ou então com tornozeleira eletrônica, ou então com a prisão domiciliar. Isso é um absurdo. Quem cometeu o crime tem que pagar o crime na cadeia”, pontuou.

Martins já havia criticado nesta sexta-feira o funcionamento da audiência de custódia em entrevistas à TV Mirante e Rádio Mirante News FM.

"Nós entendemos que [a audiência de custódia] é uma forma muito rápida de liberar o indivíduo que comete crime. O lugar de bandido é na cadeia e é lá que ele merece ficar", disse.

Secretário de Segurança diz que apreensão por onda de violência foi causada por 'fake news'

Mesmo em meio a casos de homicídios, tentativas de homicídios e tiroteios na Grande São Luís registrados desde o início da semana, o secretário de Estado de Segurança Pública (SSP), Maurício Martins, disse que uma onda de fake news causou apreensão na população. Segundo o secretário, quem participa de campanhas de desinformação sobre a segurança comete crimes e será preso.

"Quem dissemina boatos falsos comete crime igualmente a essas pessoas envolvidas nessas ocorrências que envolvem brigas de faccionados. A Polícia está investigando, nós vamos fazer todos os levantamentos e, ao final, vamos prender quem estiver envolvido direta ou indiretamente nesses episódios", afirmou na manhã desta sexta-feira (24), durante entrevista ao telejornal Bom Dia Mirante.

Veja o que se sabe até agora sobre a onda de violência na Grande São Luís

Uma onda de ataques violentos provocados por facções criminosas tem espalhado medo e interrompido a rotina nos municípios que compõem a Grande Ilha de São Luís. Desde o último domingo (19), sete pessoas foram mortas e mais de dez ficaram feridas, segundo balanço divulgado nesta sexta-feira (24) pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP-MA).

A série de crimes está relacionada à disputa entre facções rivais pelo controle de territórios na região metropolitana da capital. Os ataques foram registrados em São Luís, São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa, afetando diretamente a rotina de moradores, com aulas suspensas em escolas e universidades.

O Imirante montou uma cronologia sobre a onda de ataques violentos. Confira resumo do que se sabe até agora sobre os casos.

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