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COLUNA
Carla Lima
Carla Lima é jornalista de política do Grupo Mirante.
O que deu errado?

Questões judiciais impediram a reaproximação de palacianos e dinistas no início de 2025

Conversas entre os dois membros do grupo lulista no Maranhão caminharam, sinais estavam sendo dados, mas um recado de Galdino mudou tudo.

Carla Lima/Ipolítica

Brandão e Camarão estavam em agenas juntos, mas gestos duraram somente até Semana Santa
Brandão e Camarão estavam em agenas juntos, mas gestos duraram somente até Semana Santa (Reprodução)

SÃO LUÍS - Era ainda início de 2025 e o governador Carlos Brandão (na época no PSB) foi convencido de que o melhor a fazer era se candidatar o Senado em 2026 e seguir o curso do programado quando ele assumiu o governo do Maranhão em abril de 2022. E assim se deu início a reaproximação do vice-governador Felipe Camarão (PT) com os palacianos. Mas, algo aconteceu que tudo mudou em poucos meses e a relação de desfez de uma vez.

Mas o que aconteceu de fato? Tanto palacianos quanto dinistas dizem que “algo aconteceu, mas sabe exatamente o que" e o rompimento acabou sendo inevitável.

Quando Brandão decidiu abrir para uma reaproximação, foi dito a ele que o melhor do mundo para seu grupo político de Colinas seria ele sair para ser senador, o secretário Orleans Brandão (MDB) caminhar para a Câmara dos Deputados e uma possível “paz” para Daniel Brandão no Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Nesta época, o governador aceitou a ideia e assim se deu início a reaproximação. Felipe voltou a participar das agendas oficiais ao lado do governador (esse seria um sinal que os palacianos dariam sobre o apoio a Camarão em 2026), demandas dos dinistas da Assembleia Legislativa começaram a serem viabilizada. “Estava tudo certo!”. Até uma simulação de rompimento de Felipe Camarão com o deputado Othelino Neto foi feita. 

Mas “algo aconteceu” e nada se concretizou do acertado em reuniões diversas entre dinistas e palacianos.

O dizer que "não sabem o que ocorreu" pode ser traduzido assim: as questões jurídicas não seriam resolvidas. E isso foi dito pelo ex-secretário Diego Galdino que trouxe as notícias da Praça dos Três Poderes.

Se não tinha como resolver, não teve como avançar nas negociações e o distanciamento voltou a acontecer.

Ao que parece, a promessa de "resolve isso, que resolvemos TCE" não pode ser entregue aos palacianos, que, sem ter a entrega, zerou o jogo de novo e decidiu seguir rumos diferentes. 


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